As políticas sociais desenvolvidas nos últimos seis anos tiraram da pobreza quase um terço dos idosos portugueses, segundo o balanço feito hoje no encerramento da iniciativa \"Governo Presente\", em Trás-os-Montes.

O último ato do primeiro-ministro José Sócrates, no âmbito da iniciativa Governo Presente que começou na sexta-feira em Alijó com o arranque formal da construção da Barragem de Foz Tua, foi a inauguração de um lar de idosos na Moimenta, um aldeia do concelho de Vinhais.

O primeiro-ministro realçou que, desde 2005, \"a taxa de pobreza entre os idosos baixou de 29 para cerca de 20 por cento\".

\"Comparado com os restantes países europeus, ninguém fez melhor do que nós e fizemo-lo em circunstâncias muito difíceis\", declarou José Sócrates.

O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, explicou que uma das medidas que mais contribuíram para esta redução de \"quase um terço\" foi o Complemento Solidário para Idosos (CSI), que abrange mais de 260 mil beneficiários e \"já complementou as pensões e baixos rendimentos com 676 milhões de euros\" do Estado.

O apoio à Terceira Idade já ajudou também mil idosos a requalificarem as suas habitações, e 25 mil em todo o país têm atualmente respostas de diferentes valências como lares, apoio domiciliário e centros de dia.

Um investimento de 320 milhões de euros e equipamentos sociais que vão criar oito mil postos de trabalho quando estiverem todos concluídos, totalizando cerca de 500, entre creches e Terceira Idade.

A ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, realçou ainda que \"esta rede tem ajudado a combater o flagelo do desemprego\" dando como o exemplo o concelho transmontano de Vinhais, onde já foram criados 110 postos de trabalho.

O primeiro-ministro começou o primeiro \"Governo Presente\" de 2011 com o lançamento da primeira pedra da barragem do Tua e um dos temas da agenda, que foram as energias renováveis.

Mas em Vinhais ouviu o alerta do autarca socialista Américo Pereira que chamou a atenção para as centenas de torres eólicas que se observam na paisagem do lado espanhol da fronteira, enquanto que do lado português existe potencial inexplorado por incompatibilidades ambientais.

José Sócrates visitou também hoje, pela terceira vez, as obras de construção da autoestrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, onde já foram escavados metade dos 5,6 quilómetros do maior túnel rodoviário da Península Ibérica.

Seguiu depois para Bragança onde anunciou que a autoestrada transmontana vai ter o mesmo regime de portagens das SCUT, mas com uma isenção para os residentes, explicando que este novo modelo resulta do acordo celebrado com o PSD para a aprovação do Orçamento do Estado para 2011.

As novas estradas transmontanas incluem ainda o IP2 e IC5, da concessão do Douro Interior, num investimento total de dois mil milhões de euros, que empregam 29 mil trabalhadores.

Neste \"Governo Presente\", o primeiro-ministro inaugurou ainda, em Murça, o primeiro centro escolar dotado de Internet de alta velocidade, no âmbito da rede de nova geração que chegará dentro de dois anos aos 139 municípios de todo o interior do país.

Sócrates desafiou os empresários e autarcas a aproveitarem a oportunidade dada pelo maior investimento de sempre em Trás-os-Montes e Alto Douro, em áreas «fundamentais» como energia, autoestradas, escolas e novas tecnologias.



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