Os projectos turísticos nos históricos parques de Vidago e Pedras Salgadas atrasaram-se na construção e não receberam os apoios acordados em 2006.

Nessa altura, a Unicer - dona destes parques e promotora do projecto - tinha garantido 15 milhões de euros a fundo perdido e 10 milhões de euros de financiamento com taxas de juro zero. Estes 25 milhões de euros de incentivos à construção do projecto PIN (potencial Interesse Nacional) traduziram-se na prática por um apoio de nove milhões de euros, disse António Pires de Lima, presidente da Unicer.

\"A culpa não é de ninguém\", explicou Pires de Lima. \"Tínhamos planeado um orçamento de 50 milhões de euros a concluir até 2008, incluindo a deslocalização da fábrica de enchimento de Vidago para Pedras Salgadas\", sublinhou o presidente da Unicer em conferência de imprensa de apresentação da parceria com a francesa GLA.

\"Como não conseguimos completar o projecto até ao final de 2008, o terceiro Quadro Comunitário de Apoio [ao abrigo do qual tinham sido dados estes incentivos] terminou e os apoios transitaram para o QREN, que cobre apenas 10% do total do investimento\", admitiu Pires de Lima reforçando a ideia de que \"os sistemas de apoio são burocráticos, rígidos e não adaptáveis à dinâmica dos investimentos\".

Com o investimento previsto a derrapar dos 50 milhões de euros estimados inicialmente para os 80 milhões de euros, a Unicer terá um apoio total de nove milhões de euros para os dois projectos. \"Estamos na eventualidade de um investimento que duplicou ter 30% a 40% menos de apoios do que o esperado\", explicou o director da Unicer.

Ontem a Unicer e a GLA apresentaram o Vidago Palace Hotel que será gerido pela francesa GLA, que também já gere o hotel Bairro Alto em Lisboa.

O «resort» com hotel, spa, termas e campo de golfe vai abrir a 6 de Outubro, no dia em que o parque termal comemora 100 anos de existência, tal como o Diário Económico já tinha avançado.

O projecto de Pedras Salgadas está mais atrasado. Este ano abrirá ao público a parte de infra-estruturas públicas como o balneário termal e a piscina exterior. Ao Económico, Grace Leo, CEO da GLA, disse que a empresa está também a estudar a hipótese de ficar a gerir o parque de Pedras Salgadas também numa base de complementaridade com o de Vidago.



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