Teresa A. Ferreira

Teresa A. Ferreira

Cheina apresentou: O Que Outros Não Disseram

Jorge Manuel Carneiro Gonçalves “Cheina”, um flamense radicado em Moçambique, apresentou recentemente quatro obras literárias na Associação Cultural Xitende em Xai-Xai, capital da província de Gaza, Moçambique.

Reeditou, num só volume, Albas // Ventos da Minha Alma, duas obras do irmão Dinis Albano Carneiro Gonçalves (Braga: 11 de março de 1940 – 14 de outubro de 2000), cujo pseudónimo é Sebastião Alba;

A Escrita de Anton, do irmão António Augusto Carneiro Gonçalves (Braga, 1941 – Vilanculos, Moçambique, 20 de janeiro de 1974), que assinava Carneiro Gonçalves.

Cheina presenteou-nos com O Que Outros Não Disseram, da sua autoria. Escreveu esta obra para Moçambique e para que a obra dos irmãos se tornasse mais completa. Uma vez que os três eram muito próximos, vivenciaram juntos o que de bom e mau a vida lhes deu. Pugnavam pelo bem da sociedade moçambicana, sendo a crítica social e a sátira, marcas relevantes que os caracterizavam. Já havia apresentado, em 2018, Sebastião Alba Visto Por Mim.

Quem é Cheina, ou Jorge?

É o terceiro de sete filhos de Adelaide Sebastiana da Rocha Peixoto de Oliveira Carneiro (Ponte da Barca, Viana do Castelo) e Albano dos Santos Moaz Gonçalves (Torre de Dona Chama, Mirandela, Bragança), tendo nascido a 2 de outubro de 1942, em Torre de Dona Chama. Cedo partiu com a família para Moçambique, 1950, onde ainda mantém residência.

Faz hoje dois anos que publiquei, neste jornal, uma crónica sobre Sebastião Alba, um dos mais relevantes poetas portugueses do século XX.

https://www.diariodetrasosmontes.com/cronica/sebastiao-alba-poeta-insubm...

Quis o destino que me cruzasse com o Jorge, com quem mantenho boas relações de amizade e a quem tive a oportunidade de entrevistar, a propósito de uma homenagem ao irmão Sebastião Alba. Descobri um ser humano afável, culto, inteligente e sempre pronto para esclarecer qualquer dúvida sobre os irmãos Dinis e António. Pede que não lhe chamem escritor, remetendo tal mérito para os irmãos. 

Pelo Dinis que teve a vida que quis e poucos compreendem. Nasceu e faleceu em Braga, vítima de acidente de viação, tendo o autor prestado os socorros possíveis até chegar a ambulância. Os seus restos mortais estão depositados no cemitério de Torre de Dona Chama, ao lado do pai;

Pelo António que cedo partiu (32 anos), quando viajava para assumir o cargo de Chefe de Redação do Jornal Expresso, em Portugal;

Pelo Jorge que tudo tem feito para dar a conhecer ao mundo a obra dos irmãos mais velhos…

Deixo estas singelas palavras:

- Bem-haja, Jorge. Bravo!!! Venha a próxima obra.

 

Texto:

© Teresa do Amparo Ferreira, 28-11-2022
Natural de Torre de Dona Chama,

Mirandela, Bragança, Portugal. 

 

 

 

 

 

 

 

 


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