Antigos combatentes esquecidos na campanha eleitoral
Nem os próprios vieram para a praça pública com bandeiras e gestos insensatos. Em 1 de Janeiro último, entrou em vigor o compromisso dessa promessa que os sucessivos governos, deste meio século de democracia, nunca passaram de promessas. Nesta campanha, que dia 18 de maio, revelará um novo governo, virá lembrar que foi um executivo, constituído por Paulo Portas e Bagão Félix, respetivamente, ministros das Finanças e da Defesa, que criaram o chamado «subsidio das vindimas», de 50, 100 e 150 euros pago, em setembro/ outubro, respetivamente aos que cumpriram, menos de um ano, um ano ou 2 anos.
Relativamente a promessas e a mentiras, foram palavreado traiçoeiro, contra essa e outras classes sociais que, o «ainda» primeiro ministro cumpriu e nem sequer o mencionou esse avanço de 50 anos. Os antigos combatentes passaram a ter direito um apoio de 100% da parte não comparticipada dos medicamentos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
«Este apoio é faseado, uma vez que foi aplicada a comparticipação de 50%, desde 1 de Janeiro de 2025, e dos restantes 50% a partir de 1 de Janeiro de 2026, perfazendo nesta data, a comparticipação de 100%, no preço dos medicamentos.
Por sua vez, os antigos combatentes não pensionistas têm direito a uma majoração para 90 % da comparticipação pelo SNS dos medicamentos psicofármacos. Para garantir o acesso a estes benefícios adicionais, os antigos combatentes deverão apresentar a respectiva receita nas farmácias». É a lei que o diz e os milhares de beneficiários o podem confirmar.
De resto a campanha eleitoral cifrou-se numa desgraça cultural e cívica; uma pobreza linguística, imprópria da quarta língua mais falada do mundo; uma peixeirada sem limites, com um país sem rei nem roque; uma Nação que vai comemorar 900 anos desde a sua fundação, deu novos mundos ao mundo e gastou 27 milhões de euros, a insultar-se, sem explicar o essencial daquilo que os eleitores mereciam para preencherem o «buraco negro», como lhe chamaram os comentadores da CNN Mafalda Anjos e António Costa (filho).
A metáfora destes dois comentadores televisivos simboliza o mais nobre espaço político que tem obrigação moral e, sobretudo, académica e cultural, elevando o nível do Hino da Nação mais antiga da Europa.