O segredo dos doces de amêndoa

Cristina Rodrigues começou a confeccionar doces de amêndoa com a irmã, para dar continuidade a uma tradição de família. Actualmente, esta moncorvense decidiu dedicar-se a esta actividade sozinha, com o objectivo de levar mais longe o nome da sua terra.

As feiras são o local escolhido por Cristina Rodrigues para promover os seus produtos e, ao mesmo tempo, ter contacto com outro tipo de culturas. “Para mim, participar nas feiras é aliciante, porque conhecemos muita gente”, sublinha.
Além disso, a pasteleira também trabalha ao vivo em todos os certames, mostrando às pessoas que os “doces não têm qualquer tipo de fermentos nem conservantes”.
O Jornal NORDESTE encontrou esta moncorvense na Terra Flor 2007 onde os doces regionais foram muito procurados por pessoas da região e, até, por turistas que se deslocaram de diversos pontos do País e da vizinha Espanha.
Cristina Rodrigues afirma que o segredo da doçaria está na massa. Já o paladar vai variando conforme a combinação da amêndoa com outros ingredientes, nomeadamente com a chila, a noz ou a canela.
São mais de 30 variedades que saíram de livros de receitas que foram passando de geração em geração. “Somos três irmãos que trabalhamos nesta área. A minha irmã está estabelecida em Torre de Moncorvo, onde eu trabalhei com ela durante alguns anos”, realçou.
Abrir uma loja com o nome “Despensa d`Avó” é o objectivo de Cristina Rodrigues, que quer levar as iguarias da sua terra para Aveiro, a terra onde já trabalhou como pasteleira.
“Já era pasteleira há cerca de 15 anos, mas decidi associar-me à minha irmã para dar continuidade a um projecto de família e também porque a nossa doçaria é de qualidade”, sustenta a moncorvense.

O modo de confecção dos doces de amêndoa continua fechado a sete chaves, dando-se a conhecer, apenas, o paladar das iguarias

Cristina Rodrigues salienta, ainda, que se trata de uma actividade rentável, visto que há muita gente que se desloca de diversos pontos do País a Moncorvo à procura desta doçaria. “Há muita gente de Aveiro, por exemplo, que vai à loja da minha irmã. Por isso, decidi instalar-me fora de Moncorvo”, acrescenta.
No entanto, a pasteleira faz questão de sublinhar que estará sempre ligada à sua terra. “As raízes nascem connosco e vão morrer connosco”, realça.
O paladar dos bolos leva muitas pessoas a perguntar a receita, mas Cristina Rodrigues confessa que é muito sincera na resposta. “Digo logo que não posso dar. São receitas de família, que não podemos divulgar”, afirma.
Ao apostar neste projecto, a pasteleira garante que também está a contribuir para o desenvolvimento da economia da sua terra, visto que a amêndoa é comprada aos pequenos agricultores de Torre de Moncorvo. “A nossa amêndoa é muito melhor, nem tem o mesmo sabor da outra”, salienta.
Para trabalhar neste ramo da culinária, Cristina Rodrigues afiança que é preciso gostar daquilo que faz, visto que os bolos são todos confeccionados de forma artesanal, o que leva mais tempo do que a pastelaria industrial. Mesmo assim, a pasteleira afirma que o trabalho compensa, visto que a qualidade do produto é reconhecida pelos clientes.



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