Cinco trabalhadores, contratados por uma empresa de construção civil de Mirandela para trabalhar em Espanha, estão, desde o início da semana, concentrados junto à sede da firma com o intuito de pressionar os responsáveis a liquidar os salários que dizem ter em atraso.

Para além desta situação, os trabalhadores alegam que nos últimos dias estavam a dormir no chão e em sofás, dado que os apartamentos eram demasiado pequenos para tantos trabalhadores

Os indivíduos, com idades entre os 21 e os 52 anos, prestavam serviço em Ferrol, na Galiza. Dizem-se fartos das sucessivas promessas dos gerentes da empresa e resolveram tomar atitudes mais drásticas. Na passada segunda feira, deslocaram-se à sede da empresa \"construções Miraflor\" e depois de mais uma promessa de pagamento para o dia seguinte, os trabalhadores alegaram que não tinham onde ficar, dado que quatro deles são de Vila do Conde, e convenceram o gerente a ceder o espaço para dormir.

Desde então, decidiram não arredar pé da sede da empresa enquanto não receberem os salários \"que ascendem a cerca de cinco mil euros\", afirma Carlos Vicente, um dos trabalhadores, residente em Trindade, Vila Flor, que reclama dois meses de salários. Ontem à tarde, decidiram dar a conhecer à população esta situação e concentraram-se na via pública, junto à sede da empresa, com algum mobiliário de escritório pertencente à firma, e espalharam panfletos descrevendo a falta de pagamento dos salários.

José Pinto reside em Vila do Conde e diz estar desesperado para receber o salário \"para sustentar a mulher e três filhos que precisam do dinheiro para comer.\" Deixa ainda ficar um alerta para a eventualidade de outras pessoas estarem a ser contratadas para trabalhar naquela zona de Espanha. Sem dinheiro e determinados a não desmobilizar, os trabalhadores têm recebido ajuda de algumas pessoas para a alimentação.

Confrontado com este caso, um dos sócios da empresa assegurou que o assunto está a ser resolvido. Certo é que os trabalhadores prometem não arredar pé da sede da empresa, em Mirandela, enquanto não receberem os salários a que têm direito.



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