Um médico da Unidade de Saúde Familiar de Torre de Dona Chama, em Mirandela, foi suspenso por 90 dias de funções devido a «várias situações de muita gravidade», confirmou ao JN fonte da Inspecção-Geral da Saúde (IGS).

\"São situações de muita gravidade e a sua permanência no local poderia afectar o normal funcionamento do serviço em função do impacto do seu comportamento, mas não é caso único no país\", acrescentou a mesma fonte. Foram factos que terão levado à sua suspensão temporária.

Trata-se de um médico espanhol, contratado pela antiga Sub-Região de Saúde de Bragança, actual Agrupamento de Centros de Saúde (ACES-Nordeste), há alguns anos, e que exerce medicina em vários locais, nomeadamente, na extensão de saúde de Torre de Dona Chama, tendo já estado ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Num primeiro momento, o clínico foi alvo de uma investigação que viria a dar origem a um processo disciplinar, mas agora a IGS decidiu avançar para a sua suspensão por um período de três meses afastando-o do trabalho \"como medida cautelar, preventiva, e não como sanção, uma vez que o clínico tem agora possibilidade de apresentar a sua defesa\", mas poderá vir a ser acusado por aquele organismo.

O actual responsável do ACES-Nordeste, Vítor Alves, confirmou que um médico da unidade de saúde de Torre de Dona Chama havia sido suspenso de funções, mas preferiu não fazer mais comentários, alegando que se trata de um processo anterior à sua nomeação para aquele organismo, que não acompanhou de todo.

Também a ex-presidente do ACES, Berta Nunes, não quis dar explicações sobre o caso por não dispor de elementos suficientes: \"Essa situação nunca passou pelo ACES, foi sempre tratada pela IGS, pelo que, não posso fazer afirmações sobre ela\", justificou.



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