O presidente da Câmara de Mirandela quer pÎr o ministro da Saúde a reflectir, durante o período natalício, sobre a polémica questão do encerramento de maternidades que Correia de Campos pretende levar por diante. José Silvano está convencido de que o Governo \"não vai abandonar a intenção de encerrar 15 maternidades no país e o primeiro sinal dessa pretensão vem do Orçamento de Estado, cujos cortes na área da saúde já contempla esse fecho.\"

A primeira medida em defesa da manutenção da maternidade de Mirandela está em marcha, com a distribuição de 10 mil postais ilustrados com a figura de um bebé e a mensagem de uma criança a pedir ao governante que não deixe o irmão nascer fora de Mirandela.

Até ao próximo dia 7 de Janeiro, os postais vão ser distribuídos por todas as juntas de freguesia, associações do concelho e ao comércio local, para que o titular da pasta da Saúde \"fique sensível ao apelo e não cometa a injustiça de encerrar a nossa maternidade\", diz José Silvano.

O autarca já prometeu que está disposto a promover uma manifestação de protesto e, agora, diz que a intenção continua em cima da mesa.

José Silvano garante que Correia de Campos afirmou que \"a maternidade ficaria onde as parturientes quiserem\". Perante isto, o edil entende que \"se tiver de fechar alguma maternidade será aquela onde são efectuados menos partos e, nesse caso, Mirandela tem mais que Bragança\", concluiu o autarca.

Sistema anti-rapto

No entanto, acrescenta, se assim não for, \"certamente que o ministro da Saúde terá em Mirandela a maior manifestação de protesto alguma vez realizada na região\".

Entre as 75 mil mulheres que habitam no distrito de Bragança, 40 mil são assistidas pelo hospital de Mirandela.

Por outro lado, a maternidade tem um sistema anti-rapto, único na região, que protege os recém-nascidos, \"um factor que pode fazer a diferença na tomada de decisão do Governo\", pelo menos é o que espera o presidente do Conselho de Administração da unidade de saúde de Mirandela, Guedes Marques.



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