A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo vai encomendar um estudo de viabilidade com vista à criação da Polícia Municipal (PM). Se for demonstrado que a existência daquela força de segurança é viável, o presidente da Câmara, Aires Ferreira, vai propor a realização de uma consulta pública à população, ou mesmo um referendo sobre o assunto, para que os munícipes possam decidir.

A instalação da Polícia Municipal em Moncorvo vai ser analisada na próxima reunião do Conselho Municipal de Segurança, que terá lugar no início de Setembro. A ideia não é nova, pois desde há alguns anos que o assunto interessava ao autarca, que o chegou a incluir no programa eleitoral de 1997. No entanto, a PM nunca foi em frente devido aos elevados custos de manutenção.

Agora, esta intenção é impulsionada pelo facto de o município não dispor de qualquer instrumento para garantir o cumprimento das regulamentações criadas pela própria Câmara. Aliás, os problemas relacionados com a falta de fiscalização do ruído num bar da vila, que já originou um abaixo-assinado dos moradores, voltou a reavivar a ideia. \"Há um avolumar de questões, designadamente a interpretação da Lei do Ruído feita pela GNR, com a qual não concordamos, por isso já solicitamos um parecer jurídico\", explicou Aires Ferreira.

O edil considera que a GNR de Moncorvo tem falta de efectivos e critica o facto de o quartel não dispor de comandante de destacamento desde há dois anos. \"Numa organização como esta é uma grande lacuna\" sustentou.

O comandante distrital da GNR de Bragança, major António Fernandes, referiu que não tem informações de que a situação em termos de segurança esteja \"mal em Moncorvo\", acrescentando que não é possível dar cumprimento a todas as solicitações da Câmara. \"Eles queriam pÎr-nos ao serviços deles, mas a GNR tem outros trabalhos e funções que tem de cumprir, nós garantimos o que é possível\" argumentou António Fernandes, que considera não haver razão para criticas por parte do autarca.

O comandante da GNR afirmou não ser da sua competência pronunciar-se sobre a criação de uma força de Policia Municipal em Moncorvo. \"A Câmara é que sabe se tem capacidade financeira para suportar esse serviço\" disse



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