Quatro ovelhas mortas e um número ainda indeterminado de animais feridos é o resultado de um ataque de lobos ocorrido na madrugada de ontem, na freguesia de Maçores, concelho de Torre de Moncorvo.

Os cerca de 100 animais que compunham o rebanho estavam acomodados dentro de uma cerca quando, ao que tudo indica, os lobos os terão encurralado.

\"Quando cheguei ao curral, por volta das seis da manhã, apercebi-me logo que tinha andado por ali lobo, já que as marcas não deixavam dúvidas. Logo de seguida, deparei-me com os animais mortos, e os outros em agonia\" disse ao JN, João Rodrigues, o proprietário do rebanho.

O pastor garantiu que há 23 anos que tem gado e que nunca lhe tinha acontecido nada assim. Mas os ataques são frequentes na região nordestina. Os últimos aconteceram em Cerejais, concelho de Alfândega da Fé, a cerca de 50 metros de um santuário e de um lar de idosos. Carrazeda de Ansiães, Mogadouro e Torre de Moncorvo são outros dos concelhos onde há registo deste género de ataques. O JN, entretanto, contactou outros pastores em relação a este tipo de ataque e alguns não hesitam em afirmar que estão dispostos a \"correr o lobo a tiro\", caso se sintam ameaçados. Esquecendo que os lobos são uma espécie protegida por lei.

Segundo João Rodrigues, os prejuízos são significativos já que tem ovelhas que lhe custaram cerca de 250 euros. \"Quando mas forem pagar, o valor da ajuda não é o mais justo\", acrescentou.

O cálculo para o pagamento das indemnizações é feito com base num boletim de abate sanitário que é semanalmente publicado pelo ministério da Agricultura. O preço médio pago pelo Instituto da Conservação da Natureza ronda os 75 euros por cada animal adulto abatido.



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