O Hospital de Valpaços, encerrado desde Janeiro, foi vistoriado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte para serem avaliadas as condições físicas do edifício, tendo a ARS concluído que «não reúne» condições para reabrir, noticia a Lusa.

A unidade de saúde, propriedade da Santa Casa, encerrou a 11 de Janeiro por falta de acordo com a ARS Norte uma vez que «carecia de muitas obras».

No relatório da última inspecção, a 20 de Maio, a que a Lusa teve acesso, a ARS Norte conclui que «o edifício hospitalar não reúne as condições de segurança, funcionais e técnicas necessárias para o seu funcionamento».

Segundo a instituição, as obras do hospital «não têm sido devidamente planeadas, nem acompanhadas por técnicos da parte da instituição com conhecimentos específicos na área hospitalar, de modo a cumprir com a legislação e com os requisitos actuais».

Contudo, reconhece que a «instituição tem vindo a efetuar várias intervenções e benfeitorias, nomeadamente ao nível da conservação do edifício e da renovação das instalações elétricas».

A ARS Norte adianta ainda estar «disponível para prestar todo o apoio no planeamento, no projeto e na construção de um novo hospital».

O provedor da Misericórdia disse à agência Lusa que ainda não recebeu qualquer notificação por parte da ARS Norte.

O provedor disse que as obras realizadas no Hospital de Valpaços foram feitas de acordo com as «anomalias» detectadas por responsáveis da instituição em vistorias anteriores.

Eugénio Morais adiantou que foi remodelado todo o sistema elétrico, pavimentado o chão, instalado o sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) e «feitas outras pequenas remodelações».

Por isso «estava convicto que a ARS Norte fosse estabelecer novo acordo com a Misericórdia porque o hospital tem, agora, todas as condições para funcionar apesar de contar com 75 anos».

O provedor disse que «a Santa Casa investiu 125 mil euros na remodelação do hospital para pÎ-lo ao serviço da população de Valpaços».

Quanto à possibilidade de construção de um novo hospital por parte da ARS Norte, o provedor salientou ser «irreal pensar nessa solução num momento de crise nacional».



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