O presidente da Câmara de Murça assumiu a presidência da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale Tua, o organismo que gere os projetos comuns neste território de Trás-os-Montes que continua à espera do plano de mobilidade.

A agência divulgou hoje uma nota a dar conta da mudança de presidência, que é rotativa, pelo período de um ano, entre os cinco municípios que engloba, concretamente Alijó, Murça, Mirandela, Vila Flor e Carrazeda de Ansiães.

O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, assume as funções durante o próximo ano, sucedendo à autarca de Mirandela, Júlia Rodrigues, com a pasta por resolver do Plano de Mobilidade do Vale do Tua, o mais emblemático projeto para esta região que continua por concretizar.

O plano continua à espera de certificações e autorizações das entidades nacionais competentes para pôr a circular os comboios turísticos e para a mobilidade das populações locais, assim como os barcos, que já estão disponíveis, mas continuam parados.

O plano de mobilidade foi a principal contrapartida, e a que continua por cumprir, pela construção da barragem de Foz Tua, que submergiu parte do que restava da linha do Tua, com a promessa de oferecer alternativa à região.

A concessionária da barragem, a EDP, entregou 10 milhões de euros ao operador turístico Mário Ferreira para realizar as intervenções necessárias à operação e para a aquisição de equipamentos.

O empresário disponibilizou um comboio e um barco, mas teve que ser a agência a assumir obras e instalação de equipamentos de segurança na linha para responder às exigências de segurança que foram sendo colocadas ao longo do processo pelas entidades licenciadoras.

A agência já anunciou anteriormente que os trabalhos exigidos estão realizados, mas continuam a faltar as certificações e ‘luz verde’ para o plano de mobilidade com comboio entre Mirandela e a Brunheda e passeios de barco na nova albufeira, entre a Brunheda e Foz Tua.

A Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua resultou também das contrapartidas da barragem, foi constituída em 2011 e dela fazem parte os cinco municípios e a EDP, que, entretanto, vendeu a concessão da hidroelétrica.

Este organismo não tem fins lucrativos e é financiado por 3% da produção anual de energia com a “missão de promover iniciativas capazes de valorizar os recursos” locais e estimular novos projetos no território.

A maior parte do financiamento, 75%, destina-se a um Fundo de Conservação da Natureza gerido localmente pelo Parque Natural Regional do Vale do Tua, também criado com o processo do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua.



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