João Carlos Brito é colaborador do Diário de Trás-os-Montes, professor e amante da língua portuguesa e lançou agora um novo livro intitulado "Dicionário de Calão do Norte", que quer divulgar e preservar o património linguístico, reúne palavras e expressões do distrito do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro.

Sobre esta obra somos temos a dizer que "É verdade que os nortenhos se topam à légua pela forma como tratam as vogais e uma consoante em particular, mas também é inegável que são donos de um vocabulário muito próprio.

Seria uma perda irreparável deixar morrer palavras e expressões tão portuguesas. No Norte, não só nasceu Portugal como foi gerada a que havia de ser a língua de Camões. Orgulho do carai!
Este livro pretende preservar esse fabuloso tesouro que é o falar nortenho. Alape-se bem e participe numa aventura divertida e pedagógica pelo português mais genuíno de Portugal.

Sem taramelar e sem chinchorroNão adianta um grosso resistir, pois há muita chieira em ser do Norte. Venha daí, bote aqui os olhinhos!"

 

Quem é João Carlos Brito

Professor, linguista, escritor. Nasceu no Porto em 1966. Licenciado em Línguas e Culturas Modernas, pela Universidade de Aveiro, pós-graduado em bibliotecas escolares pela Faculdade de Psicologia e Ciências Humanas da Universidade do Porto.

Autor de mais de 40 publicações, sendo cerca de metade relacionada com a sua principal área de investigação, a língua portuguesa. Autor de vários best-sellers, entre os quais Dicionário de Calão do Porto, Dicionário de Calão do Minho, Lugares e Palavras do Porto ou Heróis à Moda de Trás-os-Montes. Já vendeu mais de 200 mil livros. É presença assídua na televisão portuguesa, mantendo colaboração regular nas manhãs da RTP 1.

 

Dicionário de Calão do Norte:

- é o primeiro estudo do género publicado em Portugal e resulta de uma investigação realizada ao longo de mais de 30 anos;

- contém mais de 6 mil entradas e 10 mil significados, dos quais cerca de 3000 são atribuídos aos falantes transmontanos.

- a enunciação dos verbetes foi elencada por ordem alfabética, seguindo a sua referenciação, definição, sinónimo e exemplo, na maioria dos casos, utilizando-se um sinal gráfico (|) como separador dos vários significados. Num grupo muito restrito de situações, não sendo o objetivo da obra um dicionário de cariz enciclopédico, existe uma breve referência histórica e cultural, que pode ajudar a compreender as razões (e o coração) do Norte.

- inclui sobretudo as manifestações linguísticas dos falantes nortenhos e as variantes dialetais: regionalismos, idiomatismos, provincialismos, localismos, calão, gírias e outras linguagens marginais e informais dos falantes do Norte.

- apresenta vocábulos referente a atividades ancestrais e tradicionais, algumas delas em vias de extinção: alusivas à agricultura, à panificação, à indústria, ao mar e à pesca, entre outras, que convivem com entradas demonstrativas de sentimentos e atitudes, de insultos e piropos ou de importações e empréstimos de outras línguas, como o galego, o espanhol, o francês, o inglês e até o mirandês. E outras provenientes de micro-realidades, como as minas, os jogos tradicionais ou as festas sagradas e pagãs, indo ao encontro do objetivo da Linguística Histórica, a descrição e estudo da mudança linguística.



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