A estrada municipal que liga as localidades de Algoso e Matela, no concelho de Vimioso, apresenta um declive que atinge os 16%, situação que já levou a Autarquia a avisar os automobilistas dos perigos inerentes às subidas e descidas «acentuadas» da via. Para o efeito, mandou colocar placas de sinalização em que se pode ler «inclinação muito acentuada».

Desta forma, os automobilistas, com principal incidência nos condutores de viaturas pesadas, ficam a saber que vão circular naquela que deverá ser uma das estradas mais inclinadas da região trasmontana, onde todo o cuidado é pouco.

Segundo José Rodrigues, presidente do Município de Vimioso, o declive só existe dada a impossibilidade de construir uma ponte sobre o rio Maçãs, a uma cota superior, o que resultou num traçado sinuoso até atravessar o curso de água. A Autarquia não tinha dinheiro para executar outro tipo de obra, a fim de evitar esta acentuação.

Recorde-se que a estrada entre Algoso e Matela tinha outro traçado, que chegou a ser posto a concurso público. No entanto, a autarquia decidiu alterar os planos e apostou num corredor que abrange, também, a aldeia de Avinhó. A alteração ao projecto não foi visada pelo Tribunal de Contas, o que valeu ao Executivo camarário a condenação ao pagamento de uma coima de seis mil euros. Mas, como o traçado inicial era comparticipado por fundos comunitários, a Autarquia foi obrigada a devolver a Bruxelas apoios no valor de cerca de 400 mil euros.

Apesar de polémica, a maioria dos residentes na aldeia servida garantiram que a via trouxe muitas vantagens para todos já que a distância diminui na ligação entre freguesias. Não há registo de acidentes na nova ligação Algoso -Matela.



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