A Comissão Executiva será presidida por Duarte Moreno, presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, e da Desteque, para quem na próxima sexta-feira será dado "o primeiro passo em direção a um objetivo antigo das gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro", que se pretende culmine em março de 2018 com a apresentação formal da candidatura à UNESCO.

"Esta candidatura da nossa gastronomia a tão elevada distinção certamente unirá à volta deste desígnio todos os filhos destas terras, os que cá estão e toda a nossa diáspora", acredita o autarca transmontano.

Duarte Moreno está convencido de que "faz parte da cultura identitária (transmontana) saber responder a estes desafios, que tanto valorizam a nossa forma de ser e estar, como promoverão certamente um futuro com mais oportunidades".

Os pormenores da candidatura são remetidos para a apresentação pública, na Quinta do Romeu, em Mirandela, tendo sido revelado que a Comissão de Honra será presidida pelo destacado transmontano, Adriano Moreira, que participará na sessão de divulgação.

A Comissão Executiva, divulgaram os promotores, será liderada por Duarte Moreno e integrará os presidentes da Douro Superior e da Corane, o empresário Dinis Alves Cordeiro e o autarca António Fidalgo Martins.

A Comissão Técnica da candidatura será liderada por Carlos Laranjo Medeiros, que já coordenou e desenvolveu outras candidaturas idênticas a distinções da UNESCO, o organismo das Nações Unidas para a Ciência, Cultura e Educação.

Na sessão de apresentação será feita a caracterização da manifestação cultural e o seu âmbito geográfico, divulgados elementos da candidatura, bem como o desenvolvimento de um plano de salvaguarda e promoção deste património.

A Candidatura da Gastronomia e dos Produtos da Terra Ligados à Alimentação de Trás-os-Montes e Alto Douro a Património Cultural Imaterial da Humanidade apresentará também as linhas de um programa de envolvimento das gentes e entidades transmontanas e alto-durienses neste processo.

A iniciativa é promovida pela DESTEQUE, associação de desenvolvimento local, e pela CORANE, Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina.

A Terra Quente Transmontana possui uma gastronomia rica e diversificada,confeccionada com produtos de elevada qualidade:

Azeite de Trás-os-Montes

Com certificação de qualidade – Denominação de Origem Protegida – de origens ancestrais e que assumimos como o melhor e único.

Cabrito Transmontano

Com certificação de qualidade – Denominação de Origem Protegida – alimentado à base de vegetação espontânea e abatido com 60 dias.

Queijo puro de ovelha

Com certificação de qualidade – Denominação de Origem Protegida – feito de leite de ovelha da raça Churra da Terra Quente, temos o Queijo Terrincho e o Queijo Terrincho Velho. O Queijo de Cabra Transmontano com certificação de qualidade – Denominação de Origem Protegida – de fabrico artesanal com dois meses de maturação.

Reconhecidos e apreciados são também os enchidos tradicionais confeccionados artesanalmente.

Alheira de Mirandela

Com menção honrosa – Especialidade Tradicional garantida – feita à base de um pão de mistura de trigo e carnes de porco e aves e regada com azeite.

Couve Penca

Tradicionalmente consumida na ceia de Natal, é um produto hortícola muito apreciado a nível nacional e que abastece os mercados dos grandes centros urbanos nacionais na época natalícia. Tem todos os anos uma feira dedicada ao produto na aldeia de Carvalhais, concelho de Mirandela.

Ervas aromáticas

As ervas aromáticas abundam em toda a Terra Quente Transmontana. Alfazema, carqueja, alecrim, tomilho, orégãos, salva e hortelã são as mais fáceis de encontrar e são geralmente utilizadas para decoração, chás e temperos culinários.
Lusa/Cultura do Norte Foto: Raul Coelho



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