O Diário de Trás-os-Montes este em Lisboa ao lado de Frane Selak, na final da EDP Live Bands 2020, um dos seis finalistas com lugar conquistado por direito próprio como a banda mais votada pelo público.

O Músico de Mirandela não ganhou o primeiro lugar mas encantou com o seu hip hop, o pouco público convidado, Gui Aly é o grande vencedor da mais recente edição do concurso EDP Live Bands em Portugal.

“Um dia sou eu que vou estar aqui”, foi o pensamento que o músico transmontano idealizou com apenas 21 anos, enquanto assistia ao concerto de Rapper Valete no Campo Pequeno, dez anos depois era um dos seis finalista do mais prestigiado concurso de bandas em Portugal.

Depois de ter conquistado um lugar na final da EDP Live Bands 2020, Frane Selak e a sua banda rumaram a Lisboa para a grande final e mostrar que em Trás-os-Montes também se produz bom Hip Hop. Após a atuação o músico mostrou-se satisfeito por pisar o palco e a sua música ser bem aceite por quem conseguiu um lugar na plateia, “correu bem, senti que o público estava a aderir bem à nossa música, a minha intuição diz-me que correu bem e que demos o nosso melhor, o que eu gosto de fazer é hip hop, independentemente ter muito publico ou pouco publico é isto que eu gosto de fazer”, afirma.

Com mais de quinze anos dedicados à música, Frane Selak refere que enquanto banda traçaram um caminho com muito sofrimento, prazer e paixão, isso tem sido a fórmula para chegar onde chegaram, “isto não é um ponto de chegada nem um ponto de partida é o resultado da nossa entrega da nossa paixão e isto nos motivou para fazermos mais”.

Indicado para bandas sem qualquer contrato discográfico, independente do género musical, o EDP Live Bands vai na sétima edição, sendo considerado um dos mais prestigiados concursos de música, que promove anualmente o que melhor se faz a nível musical em Portugal, “o que me inspirou mais a vir é mesmo poder gravar um álbum editado pela Sony Music, que poderá ser uma rampa de lançamento é uma maneira de poder-mos sair do nosso cantinho e mostrar as coisas boas que lá se fazem”, refere Frane Selak.

Mesmo com falta de apoio o músico não desiste e afirma que independente do “género cultural” tudo deve ser apoiado principalmente os jovens, “a nossa região de Trás-os-Montes ainda não acordou o suficiente para a cultura, não existe grandes apoios pelas autarquias, há aquele apoio pontual…mas não se deve só apoiar o racho folclórico ou os pauliteiros, esse género de cultura é bastante válida e viável, mas também apoiar o resto de que se faz, não se esquecer que a juventude é irreverente, que a juventude trás ideias e tem valor”, afirma.

Apesar de não ter consigo arrecadar o prémio, Frane Selak continua com a motivação necessária para continuar a produzir mais e melhor música, “enquanto houver vida em mim, enquanto tiver energia, enquanto tiver esta motivação, eu vou continuar a fazer os meus trabalhos, o que vier é bónus, eu trabalho sem estar a pensar no prémio e as vezes bem umas recompensas como estas de sermos um dos seis finalistas”, conclui.

 

 

Veja a entrevista anterior. 

https://www.diariodetrasosmontes.com/entrevista/retrato-intimista-de-fra...


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