Neste momento, as instituições financeiras ainda não sabem ao certo o que se irá passar e mantêm alguma reserva sobre o assunto, aguardando instruções do Governo.

Segundo fonte do balcão de Chaves da Caixa Geral de Depósitos, os titulares da Conta Poupança Emigrante com pelo menos seis meses de existência beneficiavam de um crédito especial até quatro vezes o valor depositado na conta. O crédito concedido para comprar, construir ou fazer obras tinha, até agora, uma bonificação de 25 por cento, suportada pelo Estado, que, ao que tudo indica, vai deixar de existir.

A mesma fonte referiu também que esta medida não irá atingir apenas os emigrantes, mas também os próprios bancos. É que assim "os emigrantes vão passar a fazer as suas aplicações financeiras nos países onde trabalham e deixam de as fazer em Portugal, porque não é compensatório".

O fim das bonificações para o crédito à habitação é uma das medidas de contenção de despesas previstas no Orçamento Rectificativo que o Governo entregou na Assembleia da República e foi votado quarta-feira no Parlamento. A decisão foi justificada com o resultado da participação de Portugal na união económica e monetária europeia, que implicou a redução "significativa" das taxas de juro desde 1998, diminuindo a dificuldade e o preço do acesso ao crédito.

O Governo apontou também "os inúmeros casos de fraude que têm caracterizado a atribuição e controlo da bonificação dos juros", os quais "têm reduzido a sua adequação aos objectivos da justiça e equidade que esta visa atingir".



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