O presidente da Câmara Municipal de Mirandela, José Silvano, exigiu, ontem, ao ministro da Saúde que se comprometa a não encerrar nenhuma das maternidades do distrito de Bragança, enquanto não estiverem concluídas vias como a A4, o IC5 ou o IP2.

O autarca quer, desta forma, o mesmo \"tratamento\" dado por Correia de Campos às maternidades do distrito vizinho de Vila Real, na medida em que o governante tinha argumentado que enquanto não houvesse auto-estrada entre Vila Real e Chaves, não se podia encerrar nenhuma sala de partos.

José Silvano reiterou que a sua luta é pela manutenção das maternidades do distrito, até porque está convencido que, na eventualidade de fechar a de Mirandela, a curto prazo também vai encerrar a de Bragança, porque \"as mulheres grávidas vão optar por ter os seus filhos em Vila Real ou no Porto e a maternidade brigantina vai acabar por não cumprir os requisitos mínimos agora exigidos pelo Ministério.\"

Solução alternativa

Também o argumento da realização mínima de 1500 partos por ano não tem qualquer sentido para o autarca transmontano, porque \"existem muitas maternidades privadas em todo o país que não efectuam esse número e ninguém decide pelo seu encerramento.\"

Por outro lado, o presidente defende que, caso o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano decida pelo encerramento da maternidade, seja implementado um plano alternativo no concelho para resolver de forma radical e inovadora a manutenção da sala de partos. A intenção é assumir a gestão de uma Unidade Local de Saúde (ULS), constituída pelo Hospital de Mirandela, pelos centros de saúde do concelho e outros vizinhos que queiram aderir por iniciativa das respectivas autarquias, semelhante à que já existe em Matosinhos.

Esta gestão teria por base um contrato-programa anualmente negociado com o Ministério da Saúde, nos termos já definidos pela Lei de Bases da Saúde que autoriza este tipo de contratos. Para sustentar esta tese, marcaram presença algumas figuras ligadas à gestão hospitalar, que deixaram o seu testemunho em defesa da manutenção das duas maternidades.



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