A gestão da comercialização da carne barrosã pela Cooperativa Agrícola de Boticas (Capolib) está a ser fortemente críticada por produtores das regiões do Barroso e do Minho, onde se concentram os maiores criadores da raça autóctone, com Denominação de Origem Protegida (DOP) desde 1994.

A alegados atrasos no pagamento dos vitelos, junta-se, no rol das queixas, o preço pago por quilo aos produtores. \"Desde que se começou a comercializar com o selo DOP que o preço pago a quem produz é o mesmo (5,25 euros), o que, para mim, se deve à má gestão da Cooperativa\", diz um criador de Salto (Montalegre), que prefere não ser identificado.

Confirmando que os pagamentos estão \"um pouco atrasados\", o presidente da Associação dos Criadores de Bovinos de Raça Barrosã, Armando Pires, queixa-se também do facto de os vitelos serem retirados aos agricultores quando já são demasiado grandes, o que acaba por interferir no preço.

Albano Álvares, presidente da Capolib, desvaloriza as queixas e fala em \"problemas ultrapassados\". \"Pode haver atrasos de uma semana ou duas, o normal\", explica.

Quanto à retirada tardia dos vitelos, diz que se deveu a um subsídio que obrigava à retenção de vitelos até aos nove meses de idade. Sobre o preço, assegura que \"o mercado não comporta preços mais elevados\". Ao consumidor final, um quilo de bife de carne barrosã custa cerca de 15 euros.



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