O historiador, poeta e ex-professor catedrático António Borges Coelho, foi distinguido com a medalha de mérito cultural pela sua intensa atividade política e académica.

Foram muitos familiares, amigos e ex-alunos que marcaram presença no Mistério da Cultura, para assistir a entrega da Medalha de Mérito Cultural ao Historiador António Borges Coelho, que segundo comunicado do Ministério da Cultura (MC) é “caracterizado pela intensa atividade política e académica”.

O historiador referiu que este reconhecimento foi admirável, “foi um encontro magnífico com alunos meus, amigos e colegas meus, amigos que granjeie ao longo da minha vida difícil, mas apaixonante”.

Natural de Murça, foi no meio das maravilhosas e sublimes paisagens transmontanas que Borges Coelho ganhou gosto pela escrita “tenho uma memória eterna, isto é a minha sensibilidade para a poesia e para a literatura nasceu na paisagem fantástica de Trás-os-Montes”. Com 90 anos de idade não esquece os dias difíceis que teve enquanto jovem e a paixão por Trás-os-Montes, “fui um miúdo que ia à escola, mas da escola ia ao campo buscar as cabrinhas para as levar para casa, portanto aquela paisagem fantástica, aquelas montanhas deitadas umas atrás das outras, na linha do horizonte são imagens que me acompanharam toda a vida e acompanharam até à morte”.

O professor catedrático, com um percurso multifacetado, e com uma vasta bibliografia destacou-se em várias áreas, como a poesia, o teatro, a ficção e a política, “o meu desejo inicial enquanto jovem era escrever, e quando a guerra ameaçava o planeta no final dos anos 40 e principio dos anos 50, decidi que não valia a pena escrever porque a humanidade não queria, e nessa altura entreguei-me à luta e paguei caro por isso, mas faz parte amar a literatura a poesia”. Mas foi pela história que Borges Coelho se apaixonou, “no caso da história apaixonou-me, mas sobretudo, ir encontrar nas minorias, aqueles que foram esquecidos e traze-los à luz do dia, porque o passado não é completo se deixarmos uma parte considerável de fora da nossa visão”, conclui.

António Borges Coelho, foi distinguido no ano passado com o Prémio da Universidade de Lisboa e com a Grão-Cruz da Ordem da Liberdade. Atualmente continua a dedicar-se ao estudo de história e de investigação de novas temáticas.

Texto e fotos: Bruno Taveira 


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