Depois de os ratos cabrera terem contribuído para adiar sine die a construção da estrada Outeiro-Vimioso, no distrito de Bragança, agora são os morcegos que estão a dar uma achega para atrasar ainda mais aquela ligação, cuja construção foi anunciada em 1995.

Na semana passada foi concluído um estudo prévio, lançado há cerca de dois anos, para indagar da existência de uma possível colónia de roedores, cuja localização exacta parece não estar ainda definida - sabendo-se que poderão estar radicados no corredor Sabor-Maçãs -, e verificar o impacto da estrada na sua sobrevivência.

No entanto, e segundo o presidente da Câmara, José Rodrigues, as Estradas de Portugal (EP) decidiram realizar mais um estudo sobre uma colónia de morcegos que também estará na zona. Um pretexto, no entender do autarca, para «mais uma vez atrasar a estrada».

Depois dos estudos realizados e novamente avaliados «tudo dependerá da boa vontade do Governo», frisa José Rodrigues, que lamenta que, o Executivo socialista, «não tenha grande boa vontade» com o concelho de Vimioso.

O Instituto de Conservação da Natureza havia levantado problemas à construção daquele traçado, com cerca de 12 quilómetros, devido à existência dos ratos cabrera. Mas há alguns anos a construção da ligação já havia sida interrompida por causa de uma alcateia.

As constantes interrupções ao processo por causa da hipótese de existirem espécies protegidas está a deixar o edil cansado, «é que os estudo demoram muito a fazer, e atrasam-se sempre», lamentou.

A via em causa seria uma alternativa à Nacional 218, encurtando a distância entre 12 a 14 quilómetros, possibilitando a ligação do concelho ao IP4, podendo servir ainda os municípios de Mogadouro, Miranda do Douro e Freixo de Espada-à-Cinta.



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