Carlos Mendes, presidente da Comissão Política da secção, agradeceu a quantos colaboraram na recente campanha eleitoral, dizendo que "foi, de facto, um conjunto de boas-vontades que fez com que recuperássemos, novamente, os dois lugares de deputado por esta parte do mundo" e "voltássemos a ser o maior partido da emigração". Para Tony Letra, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral, foi "um trabalho de conjunto de todos quantos queriam, de facto, mudança".
Laurentino Esteves, que segue para Lisboa muito em breve para ocupar o lugar de deputado n.º 2, uma vez que Eduardo Moreira só poderá ficar em Portugal a partir de 2003, lembrou a "necessidade e a vontade de mudança" que encontrou em vários recantos do Canadá, por onde andou em campanha. Acentuou, desde logo, que "é importante agora cumprir as promessas feitas e trabalhar para que haja de facto mudanças".
Para análise à situação política actual em Portugal, foi convidado o jornalista Fernando Cruz Gomes, que abordou diversos aspectos, nomeadamente a viragem à direita mas sem que houvesse o "esmagamento da esquerda como muita gente chegou a pensar". Lembrou que, a exemplo do que acontece em países como o Canadá e Estados Unidos, "a oposição tem um papel crucial na resolução dos problemas do país", insistindo em que "todos os partidos são bons desde que resolvam os problemas do país".Disse que "não houve grandes vitórias" e que "como hão-de ver, o mundo da emigração vai continuar a ser o etermo desconhecido".
Enalteceu, por isso, a campanha feita em Toronto, designadamente através de debates públicos, como o que se realizou na Associação Democrática, onde "nem as críticas e os desamores foram tão virulentos, nem as diferenças entre os que estavam presentes foram tão...fortes", chegando a parecer que "havia muito mais coisas a unir-nos do que a desunir-nos".
"O Ensino de Português e a volta que tem de levar foram defendidos por todos, incluindo PS e PSD, um maior empenho no apoio ao associativismo, uma mais adequada protecção à terceira idade. Para falar apenas em dois ou três casos, direi que todos, de uma forma geral estiveram de acordo".
Segundo o orador, tudo isto quer dizer que "o que nos divide, às vezes, é soprado de Lisboa".
Citando, aqui e além, quer Mário Soares quer Cavaco Silva, Cruz Gomes lembrou que "estamos a entrar na Política Portuguesa e à portuguesa num novo ciclo", que sucede a um presidido por Cavaco Silva e outro por António Guterres, que acabaram por "ficar sem fôlego", fazendo cair os seus próprios partidos que tinham moldado à sua imagem e semelhança. "Cairam... por inacção e os partidos cairam também. Por isso, as eleições que deram vitória ao PS. Por isso, as eleições que deram agora a vitória ao PSD".
Na sessão, para além de militantes do PSD, estiveram alguns simpatizantes e elementos ligados a órgãos de Comunicação Social.



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