A autarquia garante que está garantida a qualidade da água do Cardal, para fins terapêuticos ou exploração industrial

A Câmara de Vila Pouca de Aguiar anunciou esta sexta-feira que quer avançar com a construção de um balneário termal para explorar as águas do Cardal, um projecto de sete milhões de euros que já foi apresentado ao Governo.

O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, referiu que se pretende "implementar um balneário termal que seja uma referência na Península Ibérica". "Um balneário termal, moderno e inovador que promova o turismo e a afluência de aquistas tornando novamente Pedras Salgadas na rainha das termas", sustentou o autarca.

O projecto envolve também as juntas de freguesia locais. "Com verbas a rondar os sete milhões de euros, a construção do balneário permitirá a criação de vários postos de trabalho na região", acrescentou Alberto Machado.

A intenção do município de explorar as águas do Cardal surgiu depois de, em 1991, aquando de execução de uma pesquisa para o reforço de abastecimento de água à localidade de Sabroso de Aguiar, ter verificado que a água encontrada não era natural mas sim mineral gasocarbónica.

Posteriormente foi pedido à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, um estudo sobre a "Promoção e Valorização do Recurso Hidromineral Gasocarbónico do Cardal". A autarquia disse que está agora "garantida a qualidade da água para fins terapêuticos ou exploração industrial".

Durante o mês de Fevereiro, o município vai solicitar um parecer à Direcção-Geral de Saúde e, de seguida, estará em condições de efectuar o pedido de concessão de exploração à Direcção-Geral de Energia e Geologia.

Esta semana, os autarcas de Vila Pouca de Aguiar reuniram com representantes do Ministério da Economia e a espanhola Confederación Hidrográfica del Duero para falarem sobre a concessão de exploração de água mineral da zona do Cardal com vista ao desenvolvimento termal. "Precisamos agora do apoio dos Estados português e espanhol no que concerne a estabelecer uma gaveta financeira nos fundos de coesão para o termalismo, pois a nossa vontade e o trabalho fundamentador já o temos", frisou Alberto Machado.

O autarca lembrou que há "já uma cooperação transfronteiriça", decorrente do eixo termal transfronteiriço de Verín (Espanha), Chaves (Vilarelho, Chaves, Vidago e Campilho) e Vila Pouca de Aguiar (com as zonas de Pedras Salgadas e Cardal).



PARTILHAR:

Sabrosa muda de Presidente da Câmara

Torre de Moncorvo vai regressar à Idade Média