Vila Pouca de Aguiar é um dos concelhos escolhidos na UE para combate às alterações climáticas, sendo que de Portugal foram escolhidas oito regiões.

Oito regiões e autoridades locais portuguesas foram escolhidas, num total de 118 ao nível da União Europeia (UE), para implementar projetos de adaptação às alterações climáticas que mobilizam 370 milhões de euros até 2023, anunciou hoje a Comissão Europeia.

“A Comissão Europeia anunciou hoje as primeiras 118 regiões e autoridades locais que participarão na Missão da UE para a Adaptação às Alterações Climáticas, a chamada Missão de Adaptação, que apoiará o Pacto Ecológico Europeu e a Estratégia da UE para a Adaptação às Alterações Climáticas”, indica a instituição em comunicado.

Destas, oito são portuguesas, de acordo com a informação divulgada pelo executivo comunitário: Cascais, Cávado, região de Coimbra, Fundão, Área Metropolitana de Lisboa, Mafra, Médio Tejo e Vila Pouca de Aguiar.

“De ondas de calor mortíferas e secas devastadoras a incêndios e linhas costeiras erodidas pela subida do nível do mar, as alterações climáticas já estão a ter o seu preço na Europa e isto afeta não só o ambiente e a economia, mas também a saúde dos europeus. A frequência e severidade do clima e extremos climáticos estão a aumentar, pelo que precisamos de acelerar soluções que aumentem a resiliência climática”, argumenta a Comissão Europeia.

Previsto está, então, que este projeto apoie pelo menos 150 regiões e comunidades na aceleração da sua transformação para a resiliência climática até 2030, ajudando as autoridades locais a compreender, preparar e gerir os riscos climáticos, bem como a desenvolver soluções inovadoras.

Além das 118 regiões e autoridades locais, estão em causa 17 empresas privadas, centros de serviços, redes de investigação e grupos de ação local ativos na melhoria da resiliência climática, que também irão subscrever o projeto para o apoiar.

A Missão da UE para a Adaptação às Alterações Climáticas receberá um total de 370 milhões de euros de financiamento do programa de investigação e inovação da UE, o Horizonte Europe, até 2023.

De acordo com Bruxelas, “as ações de investigação e inovação abordarão a reconstrução de áreas afetadas por fenómenos climáticos extremos, o restabelecimento de planícies aluviais, agricultura vertical, abordagens de seguros protótipos ou a criação de uma cidade perfeitamente adaptada pronta a resistir a uma tempestade ou onda de calor”.

Existe ainda a possibilidade de construir iniciativas conjuntas com outras missões e programas da UE, bem como trabalho em rede e intercâmbio de melhores práticas entre regiões e autoridades locais.

Citado pela nota, o vice-presidente executivo para o Pacto Ecológico Europeu, Frans Timmermans, afirma que, “embora as negociações climáticas sejam globais e grande parte da legislação seja europeia, as mudanças necessárias no terreno são locais [já que] acontecem cidade por cidade, bairro por bairro, rua por rua”.

Por seu lado, o primeiro vice-presidente do Comité Europeu das Regiões, Vasco Alves Cordeiro, assinala, também citado pelo comunicado, que “as regiões da Europa estão a testemunhar o impacto da crise climática”, pelo que esta missão irá ajudar as comunidades a “cumprir com a ação climática local”.

Foto: AP



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