A sede do Ecomuseu de Barroso, em Montalegre, foi o palco de duas sessões dirigidas às empresas do concelho. São plataformas de apoio para os sectores do turismo e agroalimentar que têm em vista a criação de uma rede colaborativa através da qual se pretende contribuir para a valorização dos produtos e do turismo da região. O projecto é desenvolvido, em parceria, pela ACISAT e pela ADRAT e conta com o apoio dos municípios da região, incluindo Montalegre. Na sessão, o município esteve representado pelo vice-presidente, David Teixeira.

O projecto 'Exportar+ | Valorização dos Recursos da Região de Terras de Trás-os-Montes, Douro e Alto Tâmega' surge da parceria entre três associações empresariais do norte do país, a Associação Empresarial de Vila Real (NERVIR), a Associação Empresarial de Bragança (NERBA) e a Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) e de duas instituições de ensino superior, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O objetivo principal na implementação deste projeto passa por incentivar os empresários da região interior norte a investirem na internacionalização e expansão dos seus negócios por forma a conseguirem levar além fronteiras os seus produtos e/ou serviços. Essa expansão é realizada através da identificação e dinamização de fileiras económicas prioritárias com maior potencial de internacionalização, reconhecimento e caracterização de oportunidades de negócio nos mercado internacionais, apoio à internacionalização, promoção e divulgação das empresas abrangidas pelo programa 'Exporta+'.

Por sua vez, o projeto '+Turismo +Sabor | Alto Tâmega com Sabor', desenvolvido pela ACISAT em parceria com a Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), tem como eixos prioritários a avaliação do potencial produtivo e comercial do turismo e dos produtos agroalimentares, a criação de uma rede colaborativa intersectorial, a implementação de práticas inovadores e colaborativas nas Pequenas e Média

s Empresas (PME’s) do Alto Tâmega, entre outros. A dinamização do turismo e dos produtos agroalimentares é feita através de métodos de cooperação entre os seis municípios que constituem o Alto Tâmega (Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar). Ambos os projetos são cofinanciados pelo Programa Operacional Regional do Norte - Norte 2020, pelo Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia.

David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, lembrou a importância de «unir esforços públicos e privados» no sentido de «formar uma parceria de qualidade e inovação». Os produtos locais são «motivo de atração» e o facto de «estarmos inseridos no Parque Nacional da Peneda Gerês tem contribuído para um fluxo crescente de turismo», referiu o autarca. É preciso garantir fornecimento, por exemplo de «presunto com dois anos, o que é difícil arranjar, de mel devidamente identificado em todas as unidades hoteleiras ou até a venda de produtos do porco, diferenciadores». David Teixeira explicou que nesta altura «o município está a investir nas pessoas mas é preciso que arrisquem e tomem decisões».

Para Jorge Paulo Santos, presidente da ACISAT (Associação Empresarial do Alto Tâmega), este projeto irá ser uma mais-valia para a região uma vez que se trata de uma zona em que existem «inúmeros produtos de excelência» e produtos bastante específicos de cada concelho. O ideal era pôr, por exemplo, «a hotelaria a oferecer vinhos da região, os restaurantes a colocarem entradas com produtos da região». Isto é, que a restauração e a hotelaria apostassem na utilização dos produtos da região na confeção das suas ementas.

O responsável compromete-se com «resultados» mas para isso é necessária a «colaboração e as sugestões de todos os empresários». Depois de apresentados os apoios, a sua concretização «só depende das ambições dos empresários locais», explicou Nuno Justo, presidente da Associação Empresarial do Planalto Barrosão.



PARTILHAR:

'Violentómetro' identifica comportamentos de violência em alunos na UTAD

Ciclo “Boas Práticas Gerontológicas”