«O Grupo coordenador da Comunidade Portuguesa na área consular de Osnabrück requereu a intervenção impreterível do Conselho Regional da Europa perante a Secretaria de Estado das Comunidades para resolver definitavamente o erro político que foi cometido em Osnabrück e no sentido que o compromisso assumido pelo Governo, na pessoa do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, venha a ser cumprido.»

«Depois do encerramento do Consulado-Geral de Portugal em Osnabrück o SECP prometeu criar um escritório consular em Osnabrück com as mesmas competências do extinto Consulado-Geral. O Senhor Secretário de Estado garantiu-nos, após ter acertado pormenores que tudo ficaria a funcionar ao agrado da Comunidade Portuguesa.

Depois de intervir várias vezes junto do actual governo, a situação em Osnabrück continua por resolver. Contrariamente ao que o Secretário de Estado tinha prometido, o posto enfrenta graves problemas técnicos, os quais impossibilitam o funcionamento. A promessa de atrbuír os poderes de chanceleria também não foi cumprida. Esta limitação obriga a ter de enviar todos os documentos para serem assinados em Hamburgo. É do conhecimento do SECP que no Consulado-Geral de Hamburgo reina o caos devido à incapacidade de gestão do Consul. A Secretaria de Estado das Comunidades nada faz para resolver a situação em Hamburgo e Osnabrück.

O SECP deixou em Osnabrück três funcionários para atenderem 18 mil utentes. Em situações de férias ou de doença, ficam dois ao serviço e os atrasos aumentam. Muitos portugueses tem reclamado o facto de estarem tempos indefinidos à espera de documentos simples. Os atrasos devem-se principlamente ao não funcionamento do Consulado-Geral de Hamburgo. Com os poderes de chancelaria e um reforço de pessoal os problemas de Osnabrück podiam-se resolver. Existem duas soluções, atribuír de imediato os poderes de chanceler ao técnico social ou transformar o escritório consular num Consulado-Geral.

A decisão de encerrar a única representação portuguesa situada na Alemanha que mantinha uma excelente relação com os seus nacionais e que funcionava muito bem, foi certamente um erro enorme, dificilmente de corrigir depois de anunciado publicamente.

Contra o encerramento pronunciaram-se publicamente as mais altas figuras públicas e instituições, como por exemplo:

- Hans Jürgen Fip, Presidente da Câmara de Osnabrück e amigo de longa data do Chanceler Schröder;
- Sigmar Gabriel, Ministro-Presidente da Baixa Saxónia, o qual pediu ao Governo Português para repensar a decisão;
- Christan Wulf, novo Ministro-Presidente da Baixa Saxónia (natural de Osnabrück);
- Prof. Dr. Pöttering, Presidente do Grupo do partido Popular Europeu (Democrata Cristão) e Democratas Europeus, o qual pediu pessoalmente ao nosso Primeiro Ministro, Dr. Durão Barroso, para repensar a decisão de fechar o Consulado em Osnabrück. O nosso Primeiro Ministro garantiu ao Prof. Dr. Pöttering que iria ficar uma estrutura consular apta a desempenhar as mesmas funções;
- Wilhelm Karmann, dono da empresa multinacional KARMANN, empregadora de milhares de pessoas (maioria do portugueses residentes em Rheine e Osnabrück), o qual também tem um empresa em Portugal;
- Presidente da Câmara Municipal de Leiria (cidade geminada com Rheine);
- Presidente da Câmara Municipal de Vila Real (cidade geminada com Osnabrück);
- O Conselho das Comunidades Portuguesas;
- O Partido Comunista Português;
- O Partido Socialista;

A Comunidade Portuguesa residente na área consular de Osnabrück mostrou o seu descontentamento ao participar em massa nas manifestações organizadas. Os Presidentes das mais de cinquenta agremiações existentes na área consular de Osnabrück participaram em reuniões preparativas, tomaram decisões e até apoiaram financeiramente os custos tidos com toda a iniciativa;

Contamos igualmente com o apoio da Federação das Associações Portuguesas na Alemanha e com o apoio e solidariedade de todos os Portugueses e Portuguesas residentes na Alemanha. Assim se deve a organização de uma manifestação dos Portugueses residentes na área consular de Düsseldorf, os quais se manifestaram igualmente contra o fecho do Consulado Geral de Portugal em Osnabrück, facto que iria provocar uma maior afluência aos serviços consulares de Düsseldorf, cujo funcionamento já não era de grande qualidade;

A Comunidade Portuguesa de Osnabrück volta a estar decidida de reactivar os protestos. Em Osnabrück está-se a preparar o dia 10 de Junho para amostrar o cartao vermelho ao Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas que muito promete e pouco ou nada cumpre. Em Osnabrück ainda se vive o espírito do 25 de Abril. A Comunidade sabe que tem que manter o alerta e não se deixa ludibriar pelo actual governo que tenta devagarinho desmantalar toda a estrutura de apoio da Comunidade. Querem poupar à custa dos emigrantes. As receitas dos emolumentos em Osnabrück dão suficientemente para suportar os custos de um Consulado-Geral.»



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