«Ao fim de cinco anos verificamos que o festival não cresceu e há que repensá-lo» - numa frase, o músico Pedro Caldeira Cabral faz o balanço do Festival de Música Medieval de Carrazeda de Ansiães, que ele próprio dirigiu, e que decorreu nos dois últimos fins-de-semana. Repensar o evento vai obrigar, na sua opinião, a fazê-lo \"regressar ao castelo de Ansiães\".

No monumento decorreram as duas primeiras edições, mas as baixas temperaturas que ali se fizeram sentir à noite, levaram a distribuir os concertos por igrejas de três freguesias do concelho.

Pedro Caldeira Cabral sublinha que os templos \"têm estado cheios\" em todos espectáculos. No entanto, sendo o castelo a matriz fundadora de Ansiães, foi para este local histórico que o festival foi criado.

\"Foi por isso que sugerimos um festival medieval e não um festival de música antiga ou barroca\", precisa o músico.

A vice-presidente do Município, Natália Pereira, concorda que é mais lógico que o evento regresse ao castelo de Ansiães, o que este ano não foi possível por questões logísticas.

Repensar datas

Contudo, logo que a estrutura histórica reúna condições para tal \"será a melhor alternativa para apresentar o festival de música medieval\".

Outra preocupação que o múciso e organizador Pedro Caldeira Cabral revela prende-se com a necessidade de \"repensar as datas do festival\" para que não coincida com outros eventos, nomeadamente com romarias populares, que tendem a atrair maior número de pessoas.

Apesar de os responsáveis admitirem repensar o Festival de Música Medieval, vai manter-se no cartaz cultural de Verão do Município de Carrazeda de Ansiães. A Câmara de Carazeda de Ansiães entende que é uma forma de cativar novos públicos e de atrair pessoas ao concelho.



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