Projeto único prevê a instalação de cem medidores de radão no concelho de Boticas com o intuito de resolver um potencial problema de saúde pública.

 

Desconhecida pela maior parte dos portugueses, a problemática do radão é um assunto controverso, mas que, na Europa, ganha cada vez mais relevância com milhares de habitações a serem alvo de medições e mitigações. Em Boticas, uma iniciativa original irá explorar essa problemática, bem como formas de prevenção e respetivas soluções. Tal empreendimento pretende instalar 100 medidores de radão em residências do concelho com o propósito de recolher informações e, se necessário, avançar com soluções que resolvam o problema inerente a esse gás natural. Isto porque a exposição prolongada ao radão nos edifícios é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a primeira causa de cancro do pulmão para não-fumadores e é assinalada, frequentemente, por vários estudos internacionais uma correlação de causa efeito com outras doenças graves como leucemia infantil.
O radão é um gás incolor e inodoro, naturalmente presente nos solos, principalmente nos solos graníticos e com tendência para se acumular nos edifícios.
O projeto envolve a autarquia de Boticas, a Associação ambiental Celtiberus, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e uma empresa especializada na medição do radão em edifícios, Lusoradon.
Estão programadas sessões de informação e sensibilização pelas diferentes freguesias, sendo que, depois, serão distribuídos 100 medidores por casas particulares que, durante três meses, irão recolher dados. Após esse período, os medidores serão enviados para um laboratório, no sentido de medir as concentrações e chegar-se a uma conclusão relativamente à verdadeira dimensão do problema.
O fato do concelho tratar-se de uma região granítica e o radão desenvolver-se, sobretudo, em solos com essas caraterísticas, a expressão “mais vale prevenir do que remediar” faz todo o sentido em Boticas.
 

 



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