Todos os anos 100 mil portugueses saem do país em busca de uma vida melhor. A emigração lusa está ao nível da década de 60.

A emigração actual é semelhante à do tempo da ditadura: estamos em número no patamar do ano 1960, ou seja, 100 mil portugueses saem por ano do país.

José Carlos Marques, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e especialista em migrações internacionais, considera que o recente fluxo emigratório registado em Portugal é, em números, muito idêntico ao vivido na ditadura, mas de tipo diferente.

“Além dos tradicionais destinos europeus, temos também destinos em África e na América Latina, que nunca deixaram de existir mas mantiveram números muito baixos”, argumenta.

“Fala-se também muito na qualificação dos emigrantes que saem, que muitos são qualificados ou altamente qualificados, mas há também uma outra parte significativa de emigrantes com poucas qualificações ou qualificações não superiores”, explica José Carlos Marques à Renascença.

A emigração de hoje é por períodos bem mais curtos do de há 40 anos e já não vai só um elemento da família, vai a “família toda” para outras zonas do globo, o que tem “efeitos ao nível das populações que ficam em Portugal”, alerta.



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