Poiares da Régua, numa das estradas que liga a cidade ribeirinha a Vila Real, é local recatado onde o tempo passa devagar. Mas, diariamente, para ali confluem muitos visitantes de todo o lado, em busca dos sabores que vão encontrar.

Ao fim-de-semana, é vulgar a afluência de autocarros com grupos de comilões que, com reserva prévia, ocupam o espaço disponível desta Repentina. Um casal ali mesmo da terra, que andou longos anos pela capital, em boa hora regressou a casa para abrir um café e restaurante, a Repentina.

Café à entrada, típico da aldeia, com balcão onde se bebem uns copos. Depois é uma primeira sala, pequena, logo seguida de uma outra sobre o comprido onde se podem albergar umas dezenas de manducantes. Ao lado da sala, sempre aceso, o descomunal forno de lenha, portas grossas de ferro, trabalhado por quem sabe.

A escolha daquilo que se pode comer é pouca, mas a qualidade é excelente, o sabor rústico, da aldeia, genuíno. Começa-se com um pão saborosíssimo, estaladiço, na companhia de azeitonas bem temperadas. E a sopa de legumes do dia, caldo apurado, fartura de legumes, muito boa.

Depois, pode optar-se pelo bacalhau assado na brasa com batatinhas a murro, muita cebola e azeite de grande qualidade, pelo galo de capoeira, criado mesmo ali ao lado, que pode ser confeccionado numa cabidela com o arrozinho no ponto, malandrinho, saboroso, ou em boa assadura no forno de lenha, batatinha assada e arroz de forno que é um consolo.

Mas o prato que tornou esta casa famosa pelo país fora é o cabritinho assado no forno são bichinhos escolhidos a dedo, sempre do mesmo tamanho, amanhados e temperados com sabedoria e tradição. Muito bem trinchado, o cabritinho apresenta pele estaladiça, carne tenra e apaladada, na companhia de batata assada deliciosa e um arroz de forno em alguidar de barro .

Para sobremesa, é obrigatório o leite-creme. O tinto da casa chega para as encomendas.



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