Neste encontro, a delegação começou por denunciar o facto de não ter sido recebida mais cedo, como o reclamara (devido à chuva torrencial), e de ter sido obrigada a declinar a identificação de cada membro na própria Embaixada, escassos segundos depois de o ter feito junto da polícia francesa estacionada à entrada da mesma. Em seguida, o presidente da Comissão, José Ribeiro, apresentou as nossas justas revindicações para serem transmitidas ao governo em Portugal:
1. Contagem dos anos de serviço militar para efeitos de reforma para TODOS os ex-militares
2. Contagem gratuita dos anos de tropa
3. Bonificação gratuita
4. Anulação do prazo de 31 de Outubro do corrente ano como data limite para tratarmos dos nossos direitos
5. Criação, em França, de uma antena da Rede Nacional de Apoio aos ex-militares com problemas de saúde por causa da tropa
6. Criação, nos Consulados, de um serviço para tratar unicamente os problemas dos ex-militares
7. Revisão de todas as pensões de reforma que não tomem em linha de conta o tempo de tropa, principalmente as pensões das viúvas.
O embaixador diluiu as suas responsabilidades, alegando não poder intervir nas decisões tomadas pelos deputados ou pelo governo, agravado pelo facto de não ter meios humanos nos consulados para criar um ponto de informação e de resolução atempada dos problemas dos ex-militares.
A delegação denunciou também o facto de o Sr. Embaixador não ter dado seguimento às promessas feitas à Comissão na audiência do dia 23 de Julho do ano transacto, e, sobretudo, de nunca a ter informado das diligências feitas junto do poder central em Portugal, assim como do apoio junto das instâncias da União Europeia.
A delegação sublinhou ainda bem forte qual era a sua posição, reclamando que a mesma fosse transmitida ao Presidente da República Portuguesa:
Já existe uma lei n°1961 de 1937 (artigo 8), que deve ser aplicada sem qualquer esforço contributivo, seja ele qual for.
O diploma que foi aprovado (ao empurrão) no dia 20 de Dezembro de 2001 na Assembleia da República, é injusto e discriminante e tem que ser revisto prioritariamente pela próxima legislatura.
No fim da audiência a delegação informou e garantiu que esta luta vai continuar.
Por fim, a delegação informou os manifestantes do resultado desta audiência com o Sr. Embaixador e declarou que, caso não seja dada satisfação aos ex-militares, os festejos do próximo 10 de Junho em Paris (em preparação com a “Mairie de Paris”) serão o palco do nosso descontentamento e que aí denunciaremos o tratamento que o Estado Português reserva aos "SEUS FILHOS QUE A PÁTRIA CONTEMPLA!"



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