Miranda do Douro está engalanada com 645 rosetas feitas em croché por 17 mulheres que responderam à chamada da iniciativa "Miranda Floriu em Croché 2022” que pretende ser um atrativo turístico e fotográfico, foi hoje divulgado.

“'Miranda Floriu em Croché 2022' enquadra-se no âmbito das novas tendências de atração turística e animação de ruas, e tem o intuito de deliciar todos os visitantes e habitantes, animando as ruas com autênticas obras de arte, num leque ímpar de cores, com o objetivo, também, de reavivar memórias de atividades ancestrais de enorme valor, que com o passar do tempo caíram em desuso e criar novos atrativos turísticos e fotográficos”, disse à Lusa a presidente da câmara, Helena Barril.

As flores em croché podem ser vistas nas janelas, varandas, estátuas ou fachadas de monumentos do centro histórico desta cidade do distrito de Bragança.

“Trata-se de uma iniciativa que foi realizada pela primeira vez em Miranda do Douro e estamos muitos satisfeitos com a reação das pessoas a esta forma de embelezar a cidade e chamar a atenção para a prática do croché como arte manual”, vincou a autarca.

Este projeto contou com a colaboração de 17 mulheres, que, de forma altruísta e voluntária, aceitaram o desafio que em pouco mais de dois meses tricotaram as 645 rosáceas em croché.

Eva Cristal, de 23 anos, foi a mais novas das participantes na iniciativa “Miranda Floriu em Croché 2022” e que teve por missão de “vestir” uma das estátuas mais fotografadas da quinhentista cidade e que representa o típico mirandês e mirandesa vestidos com os trajes da Terra de Miranda e que está situada na praça central que ostenta o nome de D. João III.

“Vestir este conjunto escultórico que representa a tradição mirandesa foi um desafio, porque estas duas estátuas são dos elementos mais fotografados pelos visitantes em todo o centro histórico de Miranda do Douro”, observou.

Para a participante, tratou-se de “um desafio” mais pessoal, porque há pouco tempo começou a fazer peças e croché.

“Quis testar a minha capacidade de fazer uma vestimenta para um conjunto de estátuas, coisas que eu nunca tinha feito principalmente em croché, arte que estou a iniciar. Acho que as pessoas devem dar mais valor ao trabalho manual e é isso que eu gostava que as pessoas apreciassem”, concretizou Eva Cristal.

A ideia de engalanar a cidade partiu da antropóloga Cristina Martins, com uma proposta para realizar uma exposição de rosetas em croché, em espaço público, concretamente na praça, que acabou por se estender a outras ruas contíguas do centro histórico.

“O croché caiu em desuso e hoje em dia está outra vez na moda, sendo visível em peça de roupa. E por outro lado, há esta tendência de atração turística e animação de ruas, sendo uma vaga mais recente e esta mostras saírem dos museus ou outras salas de ex+posição para o espaço público. Estamos a falar de peça exclusivas, feitas à mão onde não há duas peças iguais o que lhe confere mais valor”, vincou.

A câmara municipal concedeu um apoio no financiamento na compra das linhas e a de algum material acessório, contando este projeto com a colaboração de alguns lojistas e comerciantes, que adornavam as suas montras e fachadas.



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