Foi apresentado esta semana em Sendim, o primeiro álbum "Lhabradores al Poder" da banda de Rock PICA & TRILHA, os veteranos do rock, com 13 músicas originais todas cantadas em Mirandês.

Não há quem não os conheça nas Terras de Miranda, são a expressão musical moderna dos falantes em Mirandês, a segunda língua que teima em afirma-se e reinventar-se para “proua” dos seus habitantes.

O álbum "Lhabradores al Poder", de Pica & Trilha, ficou classificado em quarto lugar a nível nacional! O rock está de parabéns, o mirandês surpreende.


A apresentação do álbum que decorreu na casa da cultura de Sendim, com a presença a Presidente da Câmara de Miranda, Helena Barril que interrompeu as férias para dar uma palavra de conforto e agradecimento pelo “trabalho notável e persistência em prol da cultura mirandesa”, é um “orgulho presenciar este momento com a casa cheia”.

Também o presidente da Junta de Sendim, enalteceu “"Ls monstros de l rock, Sendin, Tierra de musiqueiros"” e deu os parabéns por este CD.

Os Pica & Trilha são compostos por 5 elementos, Emilio Martins: Vocalista, saltos e gritos e Fernando Rodrigues : Guitarra, Vitor Teixeira: Bateria; Abilio Fernandes: Baixo e Elidio Poço: Teclado, tudo gente da terra e ligados à terra, para além das suas profissões são também homens do campo, ligados aos trabalhos agrícolas, não renegam as suas origens e aproveitam para fazer músicas que são hinos, quem saem do contributo de todos.

Este álbum de estúdio com 13 canções, como diz Emílio, são “musicas à Frankenstein, cada um de nós faz um bocadinho, juntamos as diferentes ideias, tipo colagem e sai a música”, todas a músicas têm o contributo de todos.

Os Pica e Trilha surgiram em 2017, na vila de Sendim, definem-se com uma banda de rock rural, que compõe e interpreta temas originais em Língua Mirandesa, e disse influenciada “por bandas dos anos 70 e 80 do séc passado, os temas retratam de uma forma irónica e surrealista os problemas do interior do país, as vivências e passagens das gentes transmontanas, e ao vivo adicionam uma forte vertente teatral, onde a coreografia e o cenário em palco estão interligados com as letras dos temas, no verão a banda ensaia no palheiro” e no inverno ensaiam numa sala da antiga escola primária (desativada)


Segundo Emílio o nome do albúm "Lhabradores al Poder", “representa uma homenagem ao meio rural e às Terras de Miranda, é um grito, estamos aqui, estamos vivos, temos uma voz”, quem tem sempre tudo lavradinho e arranjadinho, em quem mantém sempre limpas e tratadinhas as nossas aldeias e os nossos campos, são os agricultores reformados, que não se resignam continuam a lutar por estas terras”.

O CD "Lhabradores al Poder" foi iniciado nos tempos de pandemia, sendo depois interrompido e finalizado já esta ano, e finalmente esta disponível à venda por 10 euros, em todas as plataformas digitais, ou através do mail: [email protected].