O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, recandidata-se a um terceiro e último mandato pelo PS mantendo a prioridade na fixação dos jovens e na área social, desde a habitação à resposta aos idosos.
João Noronha, advogado de 69 anos, ganhou a Câmara de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, em 2017, depois de já ter sido presidente do mesmo município durante um mandato, até 2001, e é candidato ao terceiro e último mandato nas eleições de 12 de outubro.
Depois de ter elegido a área social como uma das suas prioridades, João Noronha disse hoje à agência Lusa que estão em curso “projetos ambiciosos” no concelho os quais gostaria de ver concluídos, designadamente na área da habitação e da resposta aos mais idosos.
O município dispõe de cerca de 25 milhões de euros do programa 1.º Direito para a construção de 173 habitações de âmbito social.
“É um projeto que será, de longe, o maior investimento nesta área da habitação e que vai ajudar a colmatar carências que foram identificadas no território”, afirmou.
Em obra no concelho estão também dois lares lançados pelo município, um deles em parceria com a Junta de Freguesia em Santa Marinha e outro em Bragadas, num investimento global de sete milhões de euros.
As estruturas têm capacidade, cada, para 36 utentes.
João Noronha disse que a aposta na construção de lares está relacionada com uma necessidade identificada no concelho, também ele envelhecido, e visa dar uma resposta complementar às misericórdias.
Com a Santa Casa da Misericórdia de Cerva, a câmara estabeleceu também uma parceria para a ampliação do lar, num projeto que ultrapassa os quatro milhões de euros.
“É um investimento muito sério nesta componente dos lares, em criarmos melhores condições para os que venham a precisar deste tipo de equipamentos. Nós sabemos que Ribeira de Pena não é diferente dos outros concelhos do interior e que a nossa população está cada vez mais envelhecida”, apontou.
O autarca realçou que esta é uma “aposta muito séria” e uma das razões que o levam à recandidatura ao terceiro mandato.
Depois, segundo referiu, o concelho enfrenta novos desafios resultantes do espelho de água que a barragem de Daivões proporcionou e que leva à procura por parte de investidores privados.
Em curso está “finalmente” a elaboração do plano de ordenamento da barragem, inserida no Sistema Eletroprodutor do Tâmega concessionado à Iberdrola.
“E precisámos disso como de pão para a boca”, frisou, lembrando que, com esta barragem, Ribeira de Pena contribui com uma grande fonte de receita em termos de produção hídrica.
Um dos projetos “em carteira” é o Aquaparque do Tâmega, que junta vários investidores em parceria com a câmara e vai, “de certeza, atrair muitas pessoas ao concelho”.
“É uma componente turística que nós não podemos descurar”, frisou, destacado que a nova albufeira vai ajudar a atrair empresas e a criar emprego que permitirá fixar mais gente no concelho.
A fixação dos jovens é, frisou, “a prioridade das prioridades” porque se os mais novos não ficarem territórios como Ribeira de Pena “deixam de existir”.
O autarca destacou ainda a nova zona industrial, cujos lotes poderão começar a ser adquiridos em breve, a construção de um novo posto para a GNR, a conclusão da rede de saneamento básico, obras de requalificação do centro de saúde e da escola de Cerva ou a construção do pavilhão multiúsos.
Em 2021, o PS liderado por João Noronha ganhou as eleições com 2.966 votos (54,96%) e três mandatos, com a coligação PSD/CDS-PP a obter 2.208 votos (40,91%) e dois mandatos.
Às eleições de 12 de outubro candidatam-se ainda Carla Costa pelo PSD, Amadeu Silva pela CDU e Marta Jesus pelo Chega.