As vilas de Vila Pouca de Aguiar, Sabrosa e Mogadouro, em Trás-os-Montes, dispõem de gás natural canalizado a partir de hoje, depois de um investimento de cerca de oito milhões de euros concretizado pelo grupo Dourogás.

A Sonorgás, do grupo Dourogás, venceu as concessões para 18 concelhos e está a investir 58 milhões de euros na construção de Unidades Autónomas de Gás (UAG) e respetivas redes, que vão servir 20 mil clientes, numa primeira fase.

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, inaugurou esta manhã as UAG de Vila Pouca de Aguiar e Sabrosa, no distrito de Vila Real. Para a tarde está agendada a inauguração em Mogadouro, no distrito de Bragança.

“É um investimento que melhora a coesão territorial e garante o acesso a gás natural a um conjunto significativo de portugueses que não tinha, neste momento, e cujas alternativas eram mais caras e mais poluentes”, afirmou João Galamba, em Vila Pouca de Aguiar.

O governante destacou o impacto “muito significativo e positivo na vida das pessoas e no custo das empresas”.

"É um investimento que qualifica o território e dá mais oportunidades. No Ministério do Ambiente e da Transição Energética estamos a dar prioridade às energias renováveis e à descarbonização da economia, mas o gás continuará a ter um papel fundamental até 2030/2040 e é nesse enquadramento que se insere este investimento”, salientou.

A Sonorgás, do grupo Dourogás, é a responsável pelo investimento nas infraestruturas, nomeadamente as unidades autónomas de gás, as redes e a ligação a casa dos clientes.

O diretor executivo do grupo Dourogás, Nuno Moreira, disse que o investimento rondou os três milhões de euros em Vila Pouca de Aguiar, os dois milhões de euros em Sabrosa e os três milhões de euros em Mogadouro.

O responsável referiu ainda que, até ao final do primeiro semestre deste ano, estarão ligados todos os 18 municípios.

O projeto prevê a construção de depósitos que recebem o gás natural por camião, carregado no Porto de Sines, e as chamadas Unidades Autónomas de Gás, onde o gás líquido é transformado em gasoso e colocado na rede para chegar às casas e empresas das sedes de concelho.

Nuno Moreira salientou que o “gás natural vem trazer mais competitividade e coesão a este território” que passa a dispor “das mesmas condições que hoje o litoral já tem”.



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