O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) disse hoje ter sido informado de dois cadáveres de lobo na região Norte, em Montalegre e em Bragança, e que comunicou as ocorrências ao Ministério Público (MP).

O ICNF especificou, em comunicado, que o alerta para os lobos mortos foi dado na segunda-feira e que os cadáveres foram encontrados na zona da freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, e outro na zona de Rio de Onor, concelho de Bragança.

As ocorrências foram comunicadas ao Ministério Público, nas comarcas de Vila Real e Bragança. O lobo-ibérico é uma espécie protegida e possui em Portugal, desde 1990, o estatuto de ameaça de “em perigo”.

O ICNF acrescentou que foi, de imediato, ativado o protocolo estabelecido no âmbito do Sistema de Monitorização de Lobos Mortos, protocolo que envolve o ICNF, GNR, Ministério Público e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).

De acordo com o instituto público, as equipas do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR, e os vigilantes da natureza presentes no terreno “desencadearam uma série de procedimentos de investigação, bem como a recolha dos cadáveres que foram entregues ao INIAV para necropsia”.

Sobre as notícias que referem um segundo lobo morto em Cabril, o ICNF disse que os “vigilantes da natureza encontraram várias armadilhas de laços, utilizadas na caça ilegal, e que a GNR se encontra a recolher os indícios desta prática ilegal não havendo, até ao momento, evidências suficientes que permitam concluir da existência de mais um animal morto”.

Fonte do comando da GNR de Vila Real disse à agência Lusa, na terça-feira, que um lobo-ibérico foi encontrado morto perto da aldeia de Xertelo, freguesia de Cabril (Montalegre), em circunstâncias que estão, agora, a ser investigadas.

A GNR atuou depois de ter recebido uma denúncia, feita por um cidadão que encontrou uma carcaça de um cavalo e, nas imediações, também um lobo, num local ermo e de difícil acesso, dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Os elementos do SEPNA procederam à recolha de prova para o processo crime, que está a cargo do Núcleo de Investigação de Crimes e Contraordenações Ambientais (NICCOA).

Foto: DR



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