A sede do CDS/PP no Peso da Régua acolheu em simultâneo as eleições para os delegados concelhios daquele concelho e de Mesão Frio, dado não existir neste concelho nem presidente de concelhia nem delegado concelhio do PP.

A confusão instalou-se logo na apresentação das candidaturas dos militantes, tanto do concelho da Régua como de Mesão Frio, já que umas foram consideradas válidas e outras não, uma situação que gerou descontentamento entre alguns "populares".

Rui Correia, ex-presidente da concelhia de Mesão Frio, afirmou ao DTOM que o acto eleitoral decorreu num "clima de ilegalidades e irregularidades". Sustentando que as candidaturas dos delegados em Mesão Frio tinham de lhe ser entregues num prazo de 48 horas antes do acto eleitoral, Rui Correia disse que recolheu duas candidaturas e, quando chegou à Régua, foi confrontado com outras duas.

"Segundo a convocatória do partido, eu é que tinha responsabilidades na organização do acto eleitoral em Mesão Frio e o processo acabou por decorrer à minha margem", disse.

No entanto, o presidente da distrital do CDS/PP de Vila Real, Luís Gonzaga, garantiu ao DTOM que "Rui Correia já não é militante do partido, pois foi expulso quando decidiu integrar as listas do PS para a Câmara de Mesão Frio nas últimas autárquicas".

"Admito que houve um lapso na realização da primeira con- vocatória do PP, porque esta ainda foi dirigida ao senhor Rui Correia, mas ele já deixou de pertencer ao partido", salientou Luís Gonzaga, acrescentando que "foi feita uma segunda via a explicar a situação aos militan- tes do partido naquele concelho e a indicar que as candidaturas teriam que ser entregues na Régua".

Por sua vez, Rui Correia garantiu que continua a ser militante do CDS/PP, já que, segundo disse, nunca recebeu nenhuma intimação ou ordem de expulsão.

Ainda na origem da confu- são do acto eleitoral esteve o facto de o delegado concelhio do PP da Régua, Silva Pinto, não ter aceite as candidaturas de quatro militantes daquele concelho, alegando que foram entregues fora de prazo.

Rui Correia garantiu que os processos foram metidos na caixa de correio da sede do PP naquela cidade 48 horas antes das eleições e considerou que "os militantes não têm culpa de que não estivesse ninguém no edifício para recolher as candidaturas".

GNR veio para "acalmar os ânimos"

No decorrer do acto eleitoral, os autores das candidaturas rejeitadas instalaram a confusão reclamando porque estavam a ser "prejudicados".

Silva Pinto, também presidente da mesa de voto, disse que foi obrigado a chamar a GNR para "repor a legalidade democrática" e salientou que não entende "a origem de tanta confusão".

"Tudo estava a decorrer dentro da normalidade quando alguns militantes, bastante exaltados, se levantaram e começaram a discutir", disse, sublinhando que apenas chamou a guarda para "serenar os ânimos".

Apesar da confusão, o acto eleitoral foi concluído e foram eleitos dois delegados por Mesão Frio e quatro pelo Peso da Régua.

O distrito de Vila Real leva ao congresso do CDS/PP 43 delegados concelhios.

Quanto à tendência de voto dos delegados eleitos, o apoio a Manuel Monteiro ou Paulo Portas, Luís Gonzaga garantiu que vai ser decidida apenas no decorrer do congresso.



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