A Feira Gastronómica do Porco realiza-se em Boticas entre os dias 12 e 15, e assinala 25 anos como palco de negócios, de incentivo à fixação de pessoas e de promoção do concelho, disse o presidente da câmara.

“Há 25 anos que esta feira ajuda a promover o território do Barroso, classificado como Património Agrícola Mundial, os seus produtos de altíssima qualidade e há 25 anos que muito tem ajudado economicamente este concelho”, afirmou hoje à agência Lusa Fernando Queiroga, presidente do município de Boticas, no distrito de Vila Real.

Este é, segundo o autarca, o “evento marcante deste concelho” e que, “fundamentalmente, tem ajudado a fixar gente” no concelho.

“A comercialização não se esgota na feira. Se não fosse a feira haveria famílias que ou já teriam emigrado ou então os seus rendimentos não seriam com tanta capacidade”, referiu.

Esta edição representa o regresso presencial da feira, depois de dois anos de covid-19, mas o município decidiu também reativar a plataforma de venda ‘online’ Boticas Tem, criada em 2021 para ajudar a escoar o fumeiro durante o período da pandemia.

O certame traz, segundo Fernando Queiroga, movimento a todo o concelho, designadamente no comércio, restauração e hotelaria, mas também à região envolvente.

Este ano, a data da feira coincide com a celebração da noite das bruxas, ou seja, a sexta-feira 13, no concelho vizinho de Montalegre.

“O ano em que os dois eventos já coincidiram foi de muito sucesso. Foi o melhor ano que tivemos de participação, de vendas e de vinda de gente à nossa feira, porque as pessoas vêm à feira, visitam também a sexta 13 e passam por cá o fim de semana”, sublinhou.

São, frisou, “eventos complementares” e que “não colidem”.

Na edição de 2020 da Feira do Porco, a última presencial, foram disponibilizadas para venda mais “de 40 toneladas” de fumeiro que geraram “um volume de negócios a rondar o meio milhão de euros”.

Para esta edição o autarca não avança números, mas disse que o evento conta com a participação de um total 74 expositores, 36 dos quais dedicados à venda de enchidos e derivados do porco.

Destes produtores alguns dedicam-se à atividade a tempo inteiro, mas a maioria encontra ali um complemento ao rendimento familiar.

“Há aqui alguma expectativa com o retorno destas feiras, se as pessoas aderem na mesma ou não. Não quero avançar com números, mas sei que vai correr bem, disso não tenho dúvidas, e sei que se vão fazer bons negócios”, salientou.

Aos enchidos, concebidos de forma artesanal, juntam-se o presunto, o pão centeio, a bola e o folar de carne, chás e o vinho dos mortos, que é produzido neste território e depois enterrado para envelhecimento, e ainda o artesanato.

Durante o certame decorrerão os concursos de melhor chouriça e de melhor salpicão.

“Continuamos focados em dinamizar a nossa terra, atrair mais visitantes e promover os nossos produtos endógenos, contando, para tal, com o importante contributo dos produtores de fumeiro, peça fundamental para o sucesso do certame”, referiu o autarca.



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