A Associação para o Desenvolvimento dos Estudos Portugueses, Brasileiros e de África Lusófona avisou que a precariedade dos docentes de Português em França tem aumentado. Na Alemanha é o atraso no início dos cursos que mais preocupa.

Segundo o presidente daquela entidade, “o facto de os professores não estarem vinculados a uma escola permite que os directores dos estabelecimentos despeçam os docentes de um ano para o outro ou fechem as turmas de Português com maior facilidade”. Dominique Ionesco falava no encerramento do Salão da Educação em Paris, onde a sua associação, juntamente com a Cap Magelan, dinamizou o espaço da operação «Je parle portugais», a cargo da embaixada lusa, que decorreu entre a última quinta-feira e anteontem.

De acordo com os dados apresentados por Michel Perez, responsável geral do ensino de Português no Ministério da Educação de França, em 1998 havia 338 professores de Português naquele país, mas em 2004 já só havia 314. Inversamente, o número de alunos tem aumentado, de 20.047 em 1988 para 31 mil este ano.
Entretanto, o deputado do PSD pela Emigração Carlos Gonçalves inicia hoje uma visita de três dias às cidades de Estugarda e Ravensburg, na Alemanha, com o Ensino do Português na agenda.

“Como é possível chagarmos a 20 de Novembro e alguns cursos ainda não terem começado, quando as aulas na Alemanha começam em Agosto?”, questionou-se o deputado social-democrata, acrescentando ainda que considera “intolerável e incompreensível que se deixe crianças sem ensino da Língua Portuguesa”.

Ressalvando que a coordenadora do ensino na Alemanha “apontou questões administrativas para que alguns cursos não tenham começado”, Carlos Gonçalves criticou o silêncio do Ministério da Educação. “Este secretário de Estado da Educação vai ficar para a história”, afirmou, vincando que não entende por que motivo o ministério “não dá qualquer explicação” sobre esta matéria, ou de como “deixa a coordenação do ensino numa situação de falta de recursos humanos”.



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