O novo romance do escritor português José Luis Peixoto, chega às livrarias a 24 de Setembro e tem como tema central, a emigração portuguesa para França nas décadas de 1960 e 1970.

O título da mais recente obra literária de José Luis Peixoto, é também nome de pessoa. «Livro» é o protagonista de uma história centrada na emigração portuguesa para França nas décadas de 1960 e 1970. Numa entrevista concedida à Lusa no ano passado, o escritor explicava que o romance relatava “acontecimentos dos últimos 50 anos, com destaque para a vaga de emigração para França, uma aventura que milhões de portugueses empreenderam em busca de uma vida melhor”.

Um tema que não é todo estranho para o autor. “Os meus pais foram para França nos anos 60 e regressaram dois anos antes de eu nascer. Uma das minhas irmãs ainda nasceu lá”, revelou na altura o escritor de 36 anos, para quem a emigração massiva de há meio século simbolizou “a passagem de uma sociedade rural a uma sociedade urbana”. Apesar de a experiência dos pais ter tido um papel importante na escolha do tema, “o romance não é a descrição das suas vivências”, esclareceu José Luís Peixoto.

“A história é maravilhosa, desde a primeira frase do livro”, disse recentemente à Lusa Francisco José Viegas, escritor e director editorial da Quetzal, que está a reeditar a obra de José Luís Peixoto. “Uma mãe abandona um filho para poder emigrar e, muitos anos depois, os seus destinos voltam a cruzar-se, num enredo de coincidências portuguesas, amores desencontrados, bibliotecas, livros de que se gosta muito - e é já o 25 de Abril, com uma segunda geração de emigrantes que são portugueses em França e franceses em Portugal”, resumiu Francisco José Viegas.

O livro está dividido em duas partes distintas. “A primeira trata especificamente de uma história de emigração, dramática, muito realista, cheia de histórias e de episódios que dificilmente esqueceremos”, explicou o director editorial da Quetzal. “A segunda trata deste personagem curioso e fascinante, que tem um nome ainda mais estranho: Livro. É o nome dele, do rapaz, Livro. E é um brilhante delírio sobre literatura, bibliofilia, Portugal, a emigração, o cruzamento de culturas...”, prosseguiu. José Luís Peixoto, de 36 anos, vencedor do Prémio Literário José Saramago em 2001 com «Nenhum Olhar».



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