O vice-presidente da Câmara de Montalegre revelou que a limpeza dos terrenos à volta das edificações está atrasada e adiantou que hoje se iniciou no concelho uma grande ação de sensibilização, através da operação “Floresta Segura” da GNR.

A GNR arrancou hoje com a operação “Floresta Segura” em Montalegre, concelho onde 22 das 25 freguesias são prioritárias e onde os militares vão andar durante nove dias a alertar que é preciso limpar os terrenos à volta das edificações até ao dia 15 de março.

O concelho de Montalegre possui a maior área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e tem 135 aldeias espalhadas por 25 freguesias.

O vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, considerou que, “naquilo que tem a ver com a proteção de bens e a proximidade aos aglomerados, o trabalho está no início”.

O autarca falou num atraso que pensa estar relacionado “um pouco com a ideia de que se limpou no ano passado e este ano não faz falta”.

“E quem lida com a natureza sabe que não é verdade. Não é preciso o custo que foi assumido no ano passado, mas é preciso limpar. A lei não pode ser exceção para alguns. Tem que ser cumprida”, salientou.

Segundo o capitão Bruno Antunes, comandante do destacamento de Chaves da GNR, no ano passado foram detetadas 200 situações de incumprimento no concelho de Montalegre, relacionadas com a falta de limpeza à volta das edificações.

No entanto, salientou que 95% dos proprietários cumpriu, acabando por proceder à limpeza voluntariamente.

“No ano passado correu bem toda esta campanha que foi feita em consonância com as outras forças no terreno, alguns casos foi já dentro do limite da multa, mas conseguimos, com o apoio da GNR, que todos os privados fizessem as limpezas”, sublinhou David Teixeira.

O responsável disse que o município “quis dar o exemplo junto à vila e assumiu toda a despesa de limpeza da mata da Corujeira, para educação e sensibilização”.

O município tem à sua responsabilidade 700 quilómetros de estradas onde, segundo David Teixeira, a limpeza está a ser feita de acordo com as áreas prioritárias identificadas.

A operação “Floresta Segura” visa reduzir o número de ocorrências, minimizar os riscos de incêndio florestal e georreferenciar terrenos com risco elevado de incêndio, alertando os proprietários para a necessidade da sua intervenção.

A iniciativa da GNR envolve os autarcas do concelho, as corporações de bombeiros, sapadores florestais, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Gabinete Técnico Florestal (GTF).

“Vamos percorrer todas as freguesias e o objetivo é identificar os terrenos que carecem de gestão, sensibilizar as pessoas sobre como devem fazer a gestão e até quando”, salientou o capitão Bruno Antunes.



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