A Lista B, liderada por Eduardo Dias, venceu com larga vantagem as eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas, órgão consultivo do governo onde o Luxemburgo tem direito a colocar dois representantes.

Ao acto eleitoral, aguardado com alguma expectativa, concorreram três listas: a A, liderada por José Trindade, que obteve 147 votos, a B que somou 387, e a lista C, liderada por Rogério Oliveira, conseguiu 155.
O número total dos votantes foi muito baixo, não ultrapassando os 698, num universo de mais de 49 mil inscritos.
Debates radiofónicos, sessões de esclarecimentos, notícias nos jornais e propaganda (cartazes e folhetos) não foram suficientes para \"empurrar\" os portugueses residentes no Luxemburgo a participar de forma mais significativa. Este desinteresse, que pairou durante a campanha eleitoral, veio a confirmar-se nas urnas: as duas secções de voto instaladas no Consulado registaram uma afluência insignificante perante o número de potenciais votantes.
A Lista B, que se apresentou sob o lema \"Fazer mais e melhor\", foi a que mais eleitores convenceu, recolhendo mais votos que as outras duas juntas...
Segundo o cônsul de Portugal, Miguel Faria de Carvalho, que presidiu à Comissão Eleitoral, os resultados desta votação serão agora entregues ao Embaixador de Portugal, que deverá, depois de cumpridas todas as formalidades legais, proceder à sua homologação, o que poderá acontecer até o final desta semana.
Secretário de Estado considera normal a baixa participação O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José de Almeida Cesário, considera \"normal\", por causa das \"vicissitudes\" havidas, a baixa participação verificada nas eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas.
\"É normal porque o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) passou por vicissitudes muito complicadas, não tendo ainda tido oportunidade de se afirmar na Comunidade\", disse José Cesário, em Bruxelas, à agência Lusa.
Esta é a segunda vez que são eleitos os conselheiros das Comunidades. O primeiro Conselho foi eleito em 1997 por um período de 4 anos que acabou por ser alargado até agora. As Comunidades Portuguesas elegeram no domingo 100 representantes para o seu Conselho.
O secretário de Estado espera agora que esta situação seja invertida e que os novos eleitos consigam demonstrar \"aos portugueses e comunidades em geral que o CCP tem razões para existir\".
O secretário de Estado rejeita, por outro lado, as críticas que dão conta de uma informação deficiente do acto eleitoral e explicou que tanto da parte da RTPi, da RDPi como de outros órgãos de comunicação social que os emigrantes têm acesso, houve uma grande divulgação das eleições.
O CCP é o órgão consultivo do governo português para as políticas relativas à emigração e às comunidades portuguesas no mundo.



PARTILHAR:

Reforçar a qualidade do ensino superior

Liderada por Fernando Cardoso