O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, foi dado como dominado pelas 21:30 de hoje, segundo fonte a Proteção Civil.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real adiantou à agência Lusa que o fogo foi considerado dominado às 21:30.

Pelas 20:00, num balanço aos jornalistas, o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca, tinha antecipado que a “situação estava bem mais calma”, que as “coisas correram como o planeado” e que o fogo poderia ser dominado em breve.

Durante todo o dia, vários meios aéreos e máquinas de rasto, ajudaram os operacionais no terreno.

Durante a noite haverá reposicionamento de meios e será mantida uma “presença massiva” de homens em operações de consolidação, rescaldo e vigilância”.

No sábado, de acordo com Miguel Fonseca, manter-se-á também uma “presença bastante forte de operacionais” para prevenir reativações.

Segundo a autarquia, Vila Pouca de Aguiar perdeu cerca de 4.000 hectares de pinhal, mato e culturas agrícolas nos dois grandes incêndios que lavraram no concelho nas duas últimas semanas, com um prejuízo financeiro elevado para as populações locais.

“Com prejuízos muito significativos. Estamos a falar de uma área de pinhal adulto muito significativa, com pinheiros com mais de 20 anos e muitas dessas áreas com intervenções recentes, mas que não foram suficientes, devido aos ventos que tivemos, para evitar a propagação do incêndio”, afirmou hoje o presidente da câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado.

Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo mobilizava, pelas 21:45, 317 operacionais e 93 viaturas e nove meios aéreos.

O alerta para este fogo foi dado às 17:14 de quarta-feira, em Revel, e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal e chegou a avançar em três frentes.

Miguel Fonseca disse que o combate foi dificultado pelas condições meteorológicas, altas temperaturas durante o dia e ventos fortes e com constantes variações.

“Durante a noite fomos encontrando algumas oportunidades de consolidação, mas houve também variação de vento nestas duas últimas noites, o que também dificultou o processo”, referiu.

Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, ainda soutos, vinha e pastos.



PARTILHAR:

Fogo de Vila Pouca de Aguiar sem frentes ativas mas a "inspirar cuidados"

Projeto ambiental devolveu à natureza 15 juvenis de águia-caçadeira