A ideia é desafiar os portugueses espalhados pelo mundo, estimados em cinco milhões pelas estatísticas oficiais, a conceberem «um projecto na área do empreendedorismo e da inovação social, a concretizar em território português», refere o texto da apresentação do concurso.

O projecto a implementar deverá necessariamente ser apresentado por emigrantes portugueses ou luso-descendentes que deverão constituir uma equipa em que pelo menos um elemento deverá ser um cidadão português a residir em Portugal. Luísa Vale, directora do programa de Desenvolvimento Humano da Fundação Gulbenkian, disse à Agência Lusa que a iniciativa representa “um passo no sentido de aproximar a diáspora daquilo que são as preocupações hoje em dia em Portugal”.

“Temos problemas para resolver e provavelmente aqueles que deixaram cá o coração e que têm uma ligação ainda afectiva com este território têm uma vantagem sobre nós que é olharem para isto a partir de fora. Ou seja, com algum distanciamento e portanto também com alguma capacidade de descobrir soluções onde parece não haver nenhum caminho”, disse Luísa Vale.

As candidaturas para a primeira fase do concurso decorrerão entre 04 de Janeiro e 31 de Março de 2011, sendo as ideias pré-selecionadas anunciadas até ao 15 de Abril de 2011.
O projecto vencedor será anunciado a 30 de Junho de 2011.

As candidaturas deverão abranger áreas como ambiente e sustentabilidade, inclusão social, diálogo intercultural e envelhecimento, áreas que Luísa Vale considera “marcantes” no século XXI. São áreas “que vão condicionar tudo quanto são políticas públicas porque são marcantes deste século. Esta primeira década mostrou que é por aqui que vai haver as rupturas é por aqui que poderá haver também as grandes respostas”, disse. No final, o projecto seleccionado será apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian com um montante máximo de 50 mil euros. Luísa Vale adiantou que a divulgação do concurso será feita principalmente através das redes sociais, o que, acredita, permitirá chegar a um público mais jovem e aberto a relações à distância e cria “enorme” expectativa relativamente à participação.

“Tenho a expectativa que vamos receber muitas e boas ideias, muitos e bons projectos e que vai ser muito entusiasmante”, disse, acrescentando que se houver mais do que um bom projecto será necessário encontrar financiadores para fazer avançar os restantes.



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