O castelo de Montalegre abriu hoje ao público, depois de décadas fechado, para se tornar na sala de visitas do concelho e numa alavanca da economia local, disse o presidente do município.

“Eu tenho 67 anos e nunca vi o castelo aberto”, afirmou o presidente da câmara, Orlando Alves.

O dia foi de festa em Montalegre e simbólico. O autarca recebeu da mão do empreiteiro local, responsável pela obra, as chaves que abriram as portas do castelo, que fica, a partir de hoje, aberto à comunidade.

“É um momento muito importante para mim, que toda a vida tenho levado com a acusação de que, por ser de Salto, só me faltava levar o castelo para Salto e não deixa de ser paradoxal ser eu quem hoje está aqui a abrir as portas do castelo”, salientou o autarca.

Orlando Alves frisou que o monumento nacional é, a partir de agora, a sala de visitas do concelho, que vai ficar ao “serviço da economia e do desenvolvimento da região”.

É, na opinião do presidente, “um investimento que está muitíssimo atrasado no tempo e que vai ser alavanca para a vitalidade económica que Montalegre tem que ter”.

“Agora só faz realmente falta que os empresários locais se apercebam do potencial que o castelo vai constituir. Porque hoje também é dia de preparar o futuro e de fazer pedagogia eu não resisto a dizer que já não estamos mais em tempo de ver, à noite, os restaurantes da vila fechados”, sublinhou.

O castelo de Montalegre, no distrito de Vila Real, foi alvo de intervenções inseridas na Operação Castelos a Norte, lançada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e executada pela câmara municipal, que assegurou também a comparticipação nacional. O investimento na intervenção foi de 1,5 milhões de euros.

A obra incidiu nas torres do castelo e na praça de armas, na consolidação da muralha abaluartada e na beneficiação dos arruamentos e largos envolventes.

Montalegre celebrou hoje o dia do município com um conjunto de atividades, marcadas pela abertura do castelo à população, a homenagem a atletas e coletividades do concelho e a atribuição do prémio literário Bento da Cruz à obra “Custa a verdade abdicar dos bifes”, da autoria de J. B. César.

Fotos: CMM


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