A Câmara Municipal de Alfândega da Fé continuou a melhorar a sua situação financeira ao longo de 2017 e na passagem de ano conseguiu mesmo eliminar as dívidas a fornecedores. 

 

Após 8 anos de “aperto financeiro”, a Câmara Municipal de Alfândega da Fé espera sair do excesso de endividamento até 2020. Mais uma vez, a autarquia fechou o ano com uma redução da dívida dentro dos limites legais dos 10 por cento (%) e passou o ano sem qualquer dívida a fornecedores.

De uma dívida de 23 milhões de euros, registada em 2010, que inclui a dívida da câmara a empresas municipais, o município já conseguiu reduzir a dívida total para menos de 18 milhões de euros, “fruto de uma gestão apertada e rigorosa, sem deixar de investir e aproveitar os fundos comunitários”.

Conforme o Diário de Trás-os-Montes já havia noticiado anteriormente, a Câmara de Alfândega da Fé está entre os municípios com menor prazo médio de pagamento aos fornecedores. Três dias no final de 2016 e previsão de 1 dia no final de 2017. Recorde-se que, em 2015, este prazo já se situava em 19 dias, sendo que em 2009 superava os 900 dias.

“A melhoria da situação financeira do município vai permitir reiniciar uma redução gradual do IMI já a partir de 2018. Sendo que, em 2016, o IMI já foi reduzido em 10%. A grande dívida herdada tem penalizado os munícipes no que toca aos impostos municipais, que começam agora a ser “aliviados” face à melhoria dos indicadores financeiros da autarquia”, fundamenta o executivo em comunicado enviado às redações.

Até 2020, o município conta sair do excesso de endividamento e continuar a realizar investimentos essenciais para o concelho. Para este ano, estão já previstos investimentos na ordem dos 2,5 milhões de euros, resultantes de candidaturas aos fundos comunitários, “isto sem esquecer as pessoas e a fixação de jovens”. Algo em que a autarquia tem vindo a trabalhar e que, a prazo, acredita que dará os seus frutos, parando a perda de população que tem sido o principal problema dos municípios do interior.

 



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