O festival transfronteiriço PAN, de poesia e património em meio rural, regressa esta semana a Vilarelhos, Alfândega da Fé, com mais de 40 criadores das artes e literatura, com a Inteligência Artificial (IA) em destaque, divulgou hoje a organização.
A 7.ª edição do festival, a decorrer de sexta-feira a domingo em Vilarelhos, no distrito de Bragança, conta este ano com "mais de quarenta poetas e prosadores e outros tantos artistas plásticos, músicos e representantes de associações dedicadas à cultura e ao património", indicou a organização, num comunicado enviado à agência Lusa.
"Com o passar das edições, Vilarelhos consolidou-se como a Aldeia da Poesia, atraindo visitantes, artistas e pensadores dos dois lados da fronteira luso-espanhola”, acrescenta a organização, que envolve a câmara de Alfândega da Fé, a Junta de Freguesia de Vilarelhos e o Ayuntamiento de Morille, em Espanha, entre outras entidades.
O tema escolhido para esta edição é “Inteligência Artificial”, propondo uma reflexão crítica e criativa sobre o impacto das tecnologias emergentes na arte, na literatura e na vida em sociedade.
Segundo os promotores, este festival transfronteiriço de poesia e artes “já se afirmou como um dos principais momentos de celebração da cultura contemporânea em meio rural, reunindo mais de duas centenas de participantes ligados à literatura, artes plásticas, música e ativismo cultural”.
“Durante três dias, esta aldeia transmontana, localizada em pleno vale da Vilariça, volta a ser palco de múltiplas expressões culturais que acontecem em edifícios desativados, como a antiga escola primária, ou de uso improvável para estas manifestações; serão apresentados mais de duas dezenas de livros e estarão patentes oito exposições, acessíveis ao público, integradas num esforço coletivo de revitalização dos espaços existentes na aldeia”, indica a organização do PAN.
O Festival PAN nasceu do Roteiro de Poesia ao ar livre, com poemas colocados em pedras de granito, distribuídas pelas ruas da aldeia. Será este ano enriquecido com novos textos, criando um percurso poético permanente na aldeia de Vilarelhos, em plena Terra Quente, transmontana.
Nascido na aldeia espanhola de Morille, na província de Salamanca, em Espanha, atravessou a fronteira portuguesa em 2015.
Desde 2018, tem lugar em Vilarelhos, no concelho de Alfândega da Fé, “afirmando-se como um projeto que leva a arte de vanguarda, a poesia e a criação contemporânea aos meios rurais”.
Este festival, segundo os seus promotores, “destaca-se ainda pelo envolvimento ativo da comunidade local na receção dos artistas e pela transformação temporária de edifícios abandonados em autênticas galerias de arte”.
As tertúlias literárias ao ar livre e as atividades interculturais com os habitantes são outros traços distintivos deste festival único, são outros dos pontos altos ao longo dos três dias deste festival ibérico.