Ao que o DTOM conseguiu apurar, muitos dos sócios não estarão dispostos a proceder à actualização do capital social, pois consideram a subida "demasiado elevada".

O repentino aumento faz parte de uma série de alterações às cooperativas agrícolas propostas pelo Decreto-Lei número 335, de 20 de Agosto de 1999, no sentido de "criar as condições necessárias para que as cooperativas agrícolas possam responder às necessidades específicas dos agricultores...". No entanto, a decisão de proceder à actualização do capital desta cooperativa só foi aprovada na última Assembleia Geral do ano passado da cooperativa. "Se não cumpríssemos o estabelecido, a cooperativa podia inclusivamente perder regalias fiscais, ou até podia ser decretada a sua extinção", revelou o gestor da Cooperativa Agrícola de Valpaços, António Morais, acrescentando que "as comunicações individuais aos sócios já começaram a ser feitas".

Depois de receberem as cartas, os associados têm 15 dias para proceder à respectiva actualização do capital social. Caso contrário, deixarão de fazer parte da cooperativa.

A direcção da cooperativa já está preparada para a perda substancial de associados e até já tem uma estimativa desses números. Assim, pelas contas de António Morais, e tendo em conta apenas os sócios que fazem movimentos na cooperativa, isto é, três mil, só 50 por cento é que vão proceder à actualização do capital. "Na pior das hipóteses, só o farão mil", prevê o gestor. Até agora, apenas cerca de 200 sócios fizeram o dito pagamento.

António Morais lembra ainda que os associados devem ter em atenção que o capital social depositado por cada cooperante é totalmente devolvido quando o associado decidir deixar de fazer parte da cooperativa.



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