O coronavírus está a ter um efeito cascata na indústria do jogo. Alguns eventos desportivos profissionais já foram adiados, os casinos físicos encontram-se encerrados e o distanciamento social eliminou os jogos em casa. O COVID-19 já teve um efeito profundo nas empresas de apostas. Embora os sites de casino estejam atualmente a prosperar, não há como dizer quanto tempo isso irá durar. Os casinos físicos de todo o mundo, experimentam uma queda significativa nas receitas, devido ao distanciamento social e às proibições de viagens.

Ora por enquanto, a indústria dos jogos de azar online tem prosperado durante a pandemia, especialmente os casinos online. A questão que se coloca é: será que vai durar? O setor, de uma maneira geral, poderá vir a sofrer de uma queda na receita por conta do desemprego e da falta de recursos. O número de pessoas que estão a perder os seus empregos nas indústrias de viagens e turismo, provavelmente terá um efeito indireto, e a dependência da ajuda do governo é assustadora. Se as pessoas não estão a ganhar dinheiro, é improvável que o gastem noutros setores. Quanto tempo isso se irá arrastar, ninguém sabe.

A pandemia do COVID-19 mudou para sempre o comportamento das compras online, de acordo com uma pesquisa com cerca de 3.700 consumidores em nove economias emergentes e desenvolvidas.

A pesquisa, denominada “COVID-19 e o comércio eletrónico”, examinou como a pandemia mudou a maneira como os consumidores usam o comércio eletrónico e as várias soluções digitais. Os países escolhidos foram o Brasil, China, Alemanha, Itália, República da Coreia, Federação Russa, África do Sul, Suíça e Turquia.

Desde o início da pandemia, que mais de metade dos entrevistados da pesquisa, faz agora compras online com mais frequência e confia mais na Internet para obter notícias, informações relacionadas à saúde e entretenimento digital.

Os consumidores das economias emergentes foram as que mais mudaram para as compras online, mostra a pesquisa.

“A pandemia COVID-19 acelerou a mudança em direção a um mundo mais digital. As mudanças que fizermos agora, terão efeitos duradouros à medida que a economia mundial se começa a recuperar”, disse o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi.

Numa pesquisa realizada pela UNCTAD e Netcomm Suisse eCommerce Association, em colaboração com o Centro de Informações da Rede Brasileira (NIC.br) e Inveon, comprova-se que as compras online aumentaram entre 6 a 10 pontos percentuais na maioria das categorias de produtos.

Os grandes vencedores são as categorias de equipamentos eletrónicos, jardinagem / faça você mesmo, produtos farmacêuticos, educação, móveis / produtos domésticos e cosméticos / cuidados pessoais.

No entanto, o gasto médio mensal online por comprador caiu acentuadamente. Os consumidores das economias emergentes e desenvolvidas adiam gastos maiores, focando-se mais em produtos essenciais.

Os setores de turismo e viagens sofreram a queda mais forte, com o gasto médio por comprador online a cair cerca de 75%.

Os aumentos nas compras online durante o COVID-19 diferem de país para país, com o aumento mais forte a ser observado na China e na Turquia e o mais fraco na Suíça e Alemanha, onde maior número de pessoas já estava engajado no comércio eletrónico.

A pesquisa concluiu que as mulheres e as pessoas com educação superior, aumentaram as suas compras online mais do que outras. As pessoas entre os 25 e os 44 anos relataram um aumento mais forte em comparação com os mais jovens. No caso do Brasil, o aumento foi maior entre a população mais vulnerável e as mulheres.

Além disso, de acordo com as respostas da pesquisa, os pequenos comerciantes na China estavam mais equipados para vender os seus produtos online e os da África do Sul estavam menos preparados.

“As empresas que colocam o comércio eletrónico no centro das suas estratégias de negócios estão preparadas para a era pós-COVID-19”, disse Yomi Kastro, fundador e CEO da Inveon.

Os gigantes digitais ficaram mais forte. De acordo com a pesquisa, as plataformas de comunicação mais utilizadas são o WhatsApp, Instagram e Facebook Messenger, todos propriedade do Facebook.

No entanto, o Zoom e o Microsoft Teams foram os que mais se beneficiaram com o aumento no uso de aplicativos de videochamada nos locais de trabalho.

Na China, as principais plataformas de comunicação são o WeChat, DingTalk e Tencent Conference, mostra a pesquisa.



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