O santuário de Santo Antão da Barca, em Alfândega da Fé, trasladado de lugar por causa da barragem do Sabor, vai ter a praia fluvial, único elemento em falta da localização inicial, informou hoje a Câmara Municipal.

O santuário ficou conhecido por em 2012 ter sido mudado de local e a capela trasladada pedra por pedra, devido à construção da barragem no rio Sabor que submergiu a ermida original, obrigando à sua reconstrução num ponto mais alto, também no concelho de Alfândega da Fé, em Trás-os-Montes.

A praia fluvial que já existia era o único pormenor em falta e que irá agora ser desbloqueado com uma verba de 395 mil euros disponibilizada pela EDP, a concessionária da barragem, segundo divulgou hoje a Câmara de Alfândega da Fé.

De acordo com informação, a Câmara Municipal, a Confraria de Santo Antão da Barca e a EDP “assinaram um protocolo de colaboração para a criação de uma zona de fruição junto ao Santuário de Santo Antão da Barca”.

O “investimento de 395 mil euros vai permitir a construção de uma praia fluvial na barragem do Baixo Sabor”, uma obra considerada pelos responsáveis locais “necessária para dinamizar a zona dos Lagos do Santuário”.

Os lagos do santuário de Santo Antão da Barca fazem parte dos cerca de 70 quilómetros de Lagos do Sabor, criados pela nova albufeira e que são a mais recente aposta turística dos municípios abrangidos pela barragem, nomeadamente Alfândega da fé, Torre de Moncorvo, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.

A Câmara de Alfândega da Fé fica responsável pelas obras da praia fluvial do santuário de Santo Antão da Barca e a EDP pelo financiamento, de acordo com o protocolo estabelecido entre as partes.

Quando as obras estiverem concluídas, caberá à Confraria do Santo Antão da Barca “a responsabilidade de dinamizar e manter as infraestruturas de apoio que serão um foco de atração turística no concelho”.

Para garantir a dinamização do local, a autarquia reclama também melhores acessos, nomeadamente acesso direto a partir do Itinerário Complementar n.º 5 (IC5).

“A ligação atual é, no entender da autarquia e da Confraria, um constrangimento no acesso ao Santuário e, consequentemente, no acesso à futura zona de fruição”, sustenta.

O município fez saber que “tem procurado soluções junto das entidades competentes para resolver esta questão” que “espera ver resolvida logo que possível”.

Foto: António Pereira



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